Os animais que vivem na floresta sempre deixam rastros genéticos por onde passam. A análise do material presente no solo e na água permite um levantamento rápido e pouco invasivo para os animais que vivem no bioma.
Os animais que vivem na floresta sempre deixam rastros genéticos por onde passam. Podem ser fezes, pelos, pedaços minúsculos de pele, ou qualquer outro tipo de material orgânico.
E é com base nesses rastros genéticos que o projeto Conexão Mata Atlântica está executando um levantamento intensivo da biodiversidade presente no corredor sudeste desse bioma brasileiro — que abrange os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. A iniciativa é realizada com a coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
O secretário de Pesquisa e Formação Científica da pasta, Marcelo Morales, explica que os cientistas estão coletando amostras do solo e da água, com o objetivo de identificar o DNA das espécies de animais que passaram por esses locais.
Com o projeto, os cientistas da Conexão Mata Atlântica esperam mapear e monitorar espécies de mamíferos, répteis, aves, anfíbios e peixes, além de invertebrados. A análise do material genético presente no solo e na água permite um levantamento rápido e pouco invasivo para os animais que vivem no bioma.
O secretário Marcelo Moraes ressalta que os resultados da pesquisa vão ser úteis em diversas áreas da ciência.
A previsão é de que os cientistas terminem a coleta das amostras em outubro. No mês seguinte, elas vão ser submetidas à extração de DNA para mapeamento das espécies. Os resultados do levantamento vão ser publicados no Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira, que é mantido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
Agência Brasil / Por Daniel Ito - Repórter da Rádio Nacional - Brasília / Edição: Bianca Paiva / Guilherme Strozi - 01/10/2022 17:01:15. Última edição: 01/10/2022 17:01:15