Confiança do setor de serviços cai em dezembro

O Índice de Confiança de Serviços, medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, recuou 1,5 ponto em dezembro para 92,2 pontos. Este é o menor nível desde fevereiro de 2021, quando foi registrado 89,2 pontos, e o terceiro mês consecutivo de queda, que acumula perda de 9,5 pontos no 4º trimestre de 2022. Em médias móveis trimestrais também houve recuo, de 3,2 pontos.

No primeiro trimestre de 2022 a confiança dos serviços havia registrado queda, mas ela voltou a avançar nos trimestres seguidos, com influência dos serviços prestados às famílias e o segmento de transportes. Com o resultado de dezembro, parte do que foi recuperado no meio do ano é devolvido.

Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia, aponta que essa desaceleração deve se manter principalmente no início do ano que vem, devido às taxas de inflação e juros.

“Essa desaceleração da confiança dos serviços é muito fruto da desaceleração econômica e isso deve ser mantido no início do ano que vem, pelo menos, porque a gente vive um momento ainda que os juros vão continuar altos, a inflação ainda vai demorar um pouquinho a ceder, o consumidor ainda vai ter uma certa dificuldade para reorganizar ali o seu orçamento”.

Já o Índice de Confiança do Comércio, também medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, ficou estável em dezembro, registrando 87,2 pontos. Em médias móveis trimestrais houve queda de 4,9 pontos, a segunda seguida após oito meses consecutivos de resultados positivos.

Rodolpho Tobler explica que, assim como no setor de serviços, esse cenário deve ser mantido para o próximo ano. Entre as razões estão a maior cautela do consumidor devido ao alto índice de endividamento.