O Índice Nacional de Custo da Construção, um das medidas de inflação para esse setor, fechou o ano com alta de 9,40%. Apesar de expressiva, a variação é inferior aos mais de 14% acumulados em 2021.
O Índice Nacional de Custo da Construção, um das medidas de inflação para esse setor, fechou o ano com alta de 9,40%. Apesar de expressiva, a variação é inferior aos mais de 14% acumulados em 2021.
O indicador é apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Somente em dezembro, o aumento foi de 0,27%, puxado principalmente pela reversão da taxa relativa aos Materiais, Equipamentos e Serviços, que tinha caído 0,23% em novembro e subiu 0,38% no mês seguinte.
Por outro lado, o índice referente à Mão de Obra desacelerou em dezembro e variou 0,16%, menos do que a taxa de 0,53% apurada no período anterior.
A FGV também divulgou nesta terça-feira, o Índice de Confiança da Construção, que se manteve relativamente estável no último mês do ano, com ligeira queda de 0,3 ponto em dezembro. Mas, com isso, o índice chegou a 95,3 pontos, menor nível desde março.
Em médias móveis trimestrais, o recuo foi maior, de 2,1 pontos.
Na avaliação dos economistas da fundação, ao longo do ano os empresários da construção compartilharam um sentimento de retomada no setor, o que refletiu no PIB e no mercado de trabalho. Isso foi um reflexo também da desaceleração dos custos, o que estava limitando a melhoria dos negócios.
No entanto, eles observam que nos dois últimos meses passou a prevalecer um pessimismo em relação à evolução da demanda.
O Indicador de Expectativas, por exemplo, ficou abaixo do nível de satisfação de 100 pontos em dezembro. No entanto, o pior resultado foi o do Índice de Situação Atual, que recuou 0,4 ponto, para 96,6.
Agência Brasil / Por Tâmara Freire, repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro - 27/12/2022 11:50:13. Última edição: 27/12/2022 11:50:13