Inflação para famílias de baixa renda avança 0,13%, em agosto

A inflação para as famílias de baixa renda avançou 0,13% em agosto. Foi a menor taxa entre as demais faixas de renda, mantendo a tendência dos últimos meses. Os dados são de Indicador do  Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgado nesta quinta-feira. O maior avanço na variação média dos preços de bens e serviços, de 0,32%, foi registrado entre as famílias de renda alta.  

Na comparação com agosto de 2022, houve uma piora no comportamento da inflação para todas as faixas de renda. Segundo o IPEA, esse desempenho é reflexo em boa parte da queda de mais de 11% no preço da gasolina em agosto do ano passado, possibilitada por uma desoneração ocorrida no período, contra alta de 1,2% em agosto deste ano.   

Segundo a pesquisa, o principal alívio inflacionário em agosto veio do preço de “alimentos e bebidas”. Os tubérculos, grupo das batatas, cará, inhame, registraram queda de 7,3%. Também caíram os preços das carnes, aves e ovos e leites e derivados.   

Por outro lado, o reajuste de 4,6% das tarifas de energia elétrica impactou os segmentos de menor poder aquisitivo e a alta da gasolina contribuiu especialmente para a inflação das classes de renda média. Já a queda de 11,7% nos preços das passagens aéreas gerou alívio para as famílias de renda alta.   

No acumulado do ano, as famílias de renda muito baixa tiveram a menor taxa de inflação, 2,32%. A maior variação novamente foi registrada entre as famílias de maior pode aquisitivo, 3,79%. Segundo o IPEA, no acumulado de doze meses, todas as classes de renda registraram avanço da inflação. Ainda de acordo com o Instituto, a maior pressão vem dos reajustes dos produtos farmacêuticos, artigos de higiene e planos de saúde.