Pesquisa mostra perfil das mulheres empreendedoras do Nordeste

Há quatro anos, a técnica em agronegócio Ana Keity da Silva, moradora de Andorinha, na Bahia, abriu o próprio negócio com uma única sócia. Criadora de ovinos e caprinos, ela decidiu investir em cortes nobres, embutidos e defumados. Surgiu, assim, o Armazém Gourmet Flor e Brasa.

Apostando em um mercado diferenciado, Ana Keity investiu o próprio dinheiro para ofertas produtos atrativos para a gastronomia local.

A exemplo de Ana Keity, a autonomia para empreender mesmo com as dificuldades faz parte do perfil das mulheres empreendedoras do Nordeste, segundo dados de uma pesquisa amostral realizada pela aceleradora Be.Labs divulgada nesta segunda-feira (24).

Maioria preta ou parda, com filhos e chefes de família, quase a totalidade dessas mulheres não deixaria de empreender para aceitar uma vaga de trabalho com carteira assinada.

A renda média dessas trabalhadoras é detalhada por Marcela Fujiy, porta-voz da organização de tecnologia social.

Fujiy explica ainda que algumas dificuldades são comuns a essas empresárias, como escassez de crédito e de fomento, o que reforça a necessidade de políticas direcionadas a esse grupo.

Foram entrevistadas 600 mulheres empreendedoras nas áreas de comércio, serviços e produção em cinco estados da região Nordeste para a pesquisa.