Maioria dos endividados brasileiros em 2022 era mulher e jovem
Segundo pesquisa da CNC, na série histórica, iniciada em 2011, o ano passado registrou percentual recorde de famílias endividadas, 77,9%.
Confederação Nacional do Comércio estima que o brasileiro compromete cerca de 30% da renda com dívidas.
Quase 80% das famílias brasileiras fecharam o ano de 2022 endividadas, um recorde desde que a CNC - Confederação Nacional do Comércio, começou a pesquisar o assunto, em 2011. Mais de 17% das pessoas estavam muito endividadas. Segundo a CNC, o brasileiro compromete cerca de 30% da renda com dívidas.
E as do cartão de crédito foram as que mais aumentaram depois da pandemia. Em 2019, 78% dos entrevistados declaram ter dívidas em atraso nessa modalidade contra 86% no ano passado. O diretor de Economia e Inovação da CNC, Guilherme Mercês, avalia que a educação financeira é uma demanda urgente para o brasileiro.
Nas famílias com renda mais baixa, de até 10 salários-mínimos, 32% estão com dívidas atrasadas por mais de 90 dias. Já entre quem tem renda mais alta, superior a 10 salários, esse atraso gira em torno de 13%.
As mulheres são a maioria entre as pessoas inadimplentes com débitos superiores a 90 dias. A idade média das devedoras é superior a 35 anos, com ensino médio incompleto, ganham até 10 salários mínimos e moram no Sudeste e Nordeste do país. A economista da CNC Izis Ferreira analisa que a situação social da mulher exerce uma grande influência na questão do endividamento.
Esse cenário do endividamento mudou a partir de 2019, quando a tendência era de queda. E se intensificou especialmente na população mais pobre. Entre os motivos para essa mudança estão o desemprego gerado pela pandemia e a retomada do consumo reprimido nos tempos de lockdown, quando houve aumento das compras pela internet.
Agência Brasil / Por Tatiana Alves - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro / Edição: Raquel Mariano / Guilherme Strozi - 19/01/2023 18:00:03. Última edição: 19/01/2023 18:00:03
Tags: Inadimplencia Endividamento Dívidas
Segundo pesquisa da CNC, na série histórica, iniciada em 2011, o ano passado registrou percentual recorde de famílias endividadas, 77,9%.
Segundo estudo inédito sobre as tendências e as relações comportamentais do motorista, os gastos com automóveis estão entre os três maiores custos anuais para dois terços da população, ficando atrás apenas da alimentação.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social vai destinar até R$ 336 milhões do Fundo Amazônia para promover a agricultura de base sustentável e a alimentação escolar saudável na região.
Com isso, a empresa petroleira estatal ampliou seu portfólio atual, que atualmente conta com 47 blocos. Nesta quarta-feira, foram arrematados 192 blocos, em leilão do governo federal, com compromissos de investimento mínimos de R$ 2 bilhões.