Cultura digital é foco de projeto para estudantes e professores no Rio

O uso de ferramentas tecnológicas na educação vem provocado discussões acaloradas. Se, por um lado, esses recursos se mostraram essenciais, especialmente na pandemia, por outro, especialistas alertam que é preciso cuidado na hora de utilizá-los. E alguns gestores já estão tentando preparar seus profissionais. Professores da rede municipal do Rio de Janeiro, por exemplo, começam este mês a fazer um curso sobre a Escola na Cultura Digital, com o objetivo de favorecer práticas inovadoras.

Debora Garofalo, professora e diretora de inovação da MultiRio, empresa Municipal de MultiMeios da Prefeitura do Rio, e uma das responsáveis pelo projeto, explica que estamos vivendo uma revolução tecnológica, e que mais importante do que discutir a introdução dessas tecnologias é pensar de que modo isso será feito.

Entre as ferramentas tecnológicas que estão causando polêmica está o ChatGPT, programa que utiliza inteligência artificial para gerar respostas em conversas online. Com o auxílio dele, podem ser criados textos diversos, como relatórios, pesquisas e até mesmo poemas e letras de música. Deborah avalia a questão com cautela.

Para André Monteiro, técnico de educação da Escola de Audiovisual Firjan Senai, a inclusão de tecnologias na educação, de modo geral, é positiva. Ele considera que o uso de ferramentas de áudio, vídeo e mídias sociais são, inclusive, uma nova forma de alfabetização. E destaca os games, muitas vezes criticados, mas que podem criar situações interessantes e estimular o aprendizado.

Mas André alerta que nem sempre essas tecnologias são usados com boas intenções, por isso é preciso acompanhar de perto o uso, especialmente por crianças e adolescentes, para que eles não sejam seduzidos por discursos perigosos e Fake News.  

Debora Garofalo acrescenta que existem documentos, como o Plano Nacional de Educação Digital, que trazem informações para ajudar os profissionais.