Estudantes brasileiros concorrem a prêmio por ações sociais

Dois jovens brasileiros concorrem ao prêmio de US$ 100 mil concedido a estudantes de destaque que realizam ações sociais de grande impacto.   

A paulista Bianca Gajardoni, de 18 anos, e o goiano Henrique Peixoto Godoi, de 17, estão entre os 50 selecionados do Global Student Prize 2023, uma premiação da Varkey Foundation que reconhece a jornada escolar e o engajamento social de jovens de todo o mundo. 

Moradora de Birigui, no interior de São Paulo, Bianca Gajardoni conta a alegria que sentiu quando recebeu o telefonema informando que ela estava entre os finalistas. 

Nos últimos cinco anos, Bianca ingressou, com bolsa de estudos, na Rede SESI de ensino, onde passou a ter aulas de robótica, e se apaixonou por ciências e tecnologia. Ela tenta uma bolsa para estudar engenharia biomédica nos Estados Unidos. 

Além da dedicação aos estudos e de participar de competições internacionais de robótica, a jovem ajudou a fundar a ONG Tocando em Frente, que já auxiliou mais de 7 mil crianças de escolas públicas de áreas carentes. 

Já Henrique Peixoto Godoi, natural de Catalão - GO, se mudou para capital do estado com 15 anos para ter mais oportunidades de realizar o sonho de estudar neurociência no exterior. 

O jovem está concluindo o 3º ano do ensino médio no Colégio Arena, da rede privada de ensino, e, em paralelo, fundou a Startup Instituto Merzenich, um projeto para inclusão de estudantes neurodivergentes, por exemplo, pessoas com diagnóstico de dislexia, TDH e autismo. 

O projeto leva o nome do neurocientista americano Michael Merzenich, pioneiro em adaptações a danos neurológicos, campo que inspirou o jovem pesquisador a desenvolver a Olímpiada Nacional sobre Neurodiversidade, voltada para escolas públicas de Goiânia. 

O Instituto também elaborou uma interface com planos instrucionais para professores trabalharem com a inclusão de autistas. O reconhecimento desse trabalho social já é motivo de orgulho para Henrique. 

O Global Student Prize recebeu 4 mil inscrições de estudantes de 122 países. No ano passado, o vencedor foi o jovem ucraniano Igor Klymenko, que apresentou um trabalho para reduzir danos causados por minas terrestres.