Barroso defende política de cotas nas universidades
Educação de qualidade é a chave para a inclusão social de pessoas negras, disse o presidente do STF nesta segunda-feira, na abertura da 1ª Jornada Justiça e Equidade Racial.
Sancionada nesta segunda-feira (13), a norma - que reserva vagas para pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência – agora inclui quilombolas. Outra mudança é que os cotistas também podem ser aprovados em ampla concorrência, se tiverem pontuação.
Criada há mais de 10 anos, a lei de cotas no ensino federal passou por mudanças, que já valem para o próximo SISU, Sistema de Seleção Unificada.
Sancionada nesta segunda-feira (13), a norma - que reserva vagas para pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência – agora inclui quilombolas.
Para a coordenadora do coletivo nacional de educação da Conaq, Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos, Givania da Silva, a lei de cotas já era uma vitória, com a inclusão dos quilombolas, essa população deve sair da invisibilidade.
O texto sancionado diz que o programa de cotas deve ser avaliado a cada 10 anos e que os cotistas terão prioridade para receber o auxílio estudantil, que ajuda a se manter na universidade.
Assim que sancionou a nova lei de cotas, em cerimônia do Palácio do Planalto, o presidente Lula citou o dado do Inep, que os estudantes cotistas apresentam taxa de desistência no ensino federal 10% que os demais.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse, no evento que é fruto da lei de cotas, considerada, por ela a segunda mais importante na reparação brasileira pelas pessoas e descendentes das que foram escravizadas.
Outra mudança na lei: antes, o cotista concorria apenas às vagas reservadas. Agora, se ele tiver pontuação para ser aprovado em ampla concorrência, não precisa das cotas. Só entra desta forma se não tiver pontuação pela ampla concorrência. Outra mudança é a redução da renda familiar: antes era a média de até um salário-mínimo e meio. Agora, o valor passa a ser no máximo de um salário.
Agência Brasil / Por Sayonara Moreno - Repórter da Rádio Nacional - Brasília / Edição: Paula Castro / Alessandra Esteves - 13/11/2023 18:00:02. Última edição: 13/11/2023 18:00:02
Tags: Lei De Cotas Quilombolas Ampla Concorrência Ensino Federal
Educação de qualidade é a chave para a inclusão social de pessoas negras, disse o presidente do STF nesta segunda-feira, na abertura da 1ª Jornada Justiça e Equidade Racial.
Uma das mudanças é a redução do teto da renda familiar exigida de quem busca entrar no ensino superior por meio do perfil socioeconômico. Valor caiu de um salário mínimo e meio por pessoa para um salário mínimo.
Bahia, Paraíba, Goiás e Alagoas já receberam juntos mais de R$ 264 milhões da PNAB. Em 18 estados, nove da Região Nordeste, todos os municípios aderiram à PNAB.
Presidente do Inep, Manuel Palácios, ressalta que a principal fonte de dados sobre os estudantes no país é a ficha de matrícula, mas que "há muitos dados faltantes".