Negras, quilombolas e ciganas serão beneficiadas com o benefício
Um programa, lançado nesta quinta-feira e liderado pelo Ministério da Igualdade Racial, vai oferecer bolsas de doutorado e pós-doutorado no exterior para mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas: é o Programa Atlânticas.
O valor investido pelo governo será de R$ 8 milhões. Para concorrer ao benefício, elas precisam estar matriculadas em algum curso de doutorado reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes).
No caso do doutorado, ele será na modalidade sanduíche; ou seja, parte aqui no Brasil e parte no exterior.
Segundo dados da pasta, menos de 5% das bolsas desse tipo são recebidas por mulheres negras, enquanto as mulheres brancas têm 30%.
Já no caso do pós-doutorado no exterior, 12% de bolsistas negras contra 38por cento brancas. Em nenhum dos dois casos há mulheres indígenas.
Agência Brasil / Por Oussama El Ghaouri - repórter da Rádio Nacional - Brasília / Edição: Raquel Mariano / Beatriz Albuquerque - 20/07/2023 20:00:03. Última edição: 20/07/2023 20:00:03
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O Atlânticas - Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência, do governo federal, promove bolsas de doutorado e pós-doutorado sanduíche no exterior para cientistas negras, indígenas, quilombolas e ciganas.
Historiadora Beatriz Nascimento (1942-1995), negra, migrante e nordestina, foi uma das principais intelectuais do país com contribuições fundamentais para entender a identidade negra.
Bahia, Paraíba, Goiás e Alagoas já receberam juntos mais de R$ 264 milhões da PNAB. Em 18 estados, nove da Região Nordeste, todos os municípios aderiram à PNAB.
Presidente do Inep, Manuel Palácios, ressalta que a principal fonte de dados sobre os estudantes no país é a ficha de matrícula, mas que "há muitos dados faltantes".