Educação

Sites educacionais enviaram dados de estudantes para empresas

A denúncia foi publicada nesta segunda-feira, pela organização Human Rights Watch, que investigou o assunto entre novembro de 2022 e janeiro deste ano, nos dois estados de maior população do país.

Sete sites de educação de São Paulo e Minas Gerais coletaram e enviaram dados de estudantes para empresas de publicidade. A denúncia foi publicada nesta segunda-feira (3), pela organização Human Rights Watch, que investigou o assunto entre novembro de 2022 e janeiro deste ano, nos dois estados de maior população do país. 

Eles foram contratados pelos governos estaduais para dar apoio aos estudantes durante a pandemia de covid, quando as aulas presenciais estiveram suspensas.  

A pesquisadora de tecnologia e direitos das crianças do Human Rights Watch, Hye Jung Han, afirma que os governos estaduais acabaram permitindo que qualquer pessoa tivesse acesso e coletasse informações pessoais das crianças.  

A pesquisa aponta que os portais monitoraram os estudantes dentro de suas salas de aula virtuais e também acompanharam os jovens enquanto navegavam pela Internet, fora do horário de aula.

E cinco desses sites, segundo o estudo, aplicaram técnicas de rastreamento particularmente intrusivas para vigiar estudantes de forma invisível e de maneiras impossíveis de se evitar ou se proteger. 

Depois da investigação, a Secretaria de Educação de Minas Gerais informou que removeu todo o rastreamento de anúncios de seu site. Já a Secretaria de Educação de São Paulo ainda não respondeu ao questionamento. 

A Constituição Federal protege o direito à privacidade. E o Brasil também ratificou a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, que confere às crianças e adolescentes proteções especiais que resguardam sua privacidade. 

Agência Brasil / Por Leandro Martins - Repórter da Rádio Nacional - São Paulo / Edição: Raquel Mariano/ Renata Batista - 03/04/2023 17:05:04. Última edição: 03/04/2023 17:05:04

Tags: Human Rights Watch Sites Educacionais

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