Nesta terça-feira (14), centenas de manifestantes se reuniram na frente da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, também para pedir a reestatização da Eletrobrás.
Nesta terça-feira (14), centenas de manifestantes se reuniram na frente da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, para protestar contra a privatização da Sabesp e também pela reestatização da Eletrobrás.
Eduardo Vasconcelos, presidente da Fenatran, a Federação Nacional dos Trabalhadores de Energia, Água e Meio Ambiente, falou que o processo de privatização da Eletrobrás foi cheio de irregularidades e que, se mantido, irá encarecer a energia elétrica ao consumidor e, por isso, cabe ao governo comprar de volta as ações da empresa e reestatizá-la.
Ainda na capital paulista, houve mobilização contra a intenção do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas de privatizar a empresa de saneamento do estado, a Sabesp. A empresa atualmente é de economia mista, com mais de 50% das ações pertencentes ao governo do estado. Uma eventual privatização irá diminuir a participação do estado na empresa para que ela fique sob controle de alguma empresa privada.
Para José Antonio Faggian, presidente do Sintaema, Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Água, Esgoto e Meio Ambiente, a eventual privatização da Sabesp encareceria os serviços de fornecimento de água para a população em geral com o fim das tarifas sociais, além de trazer riscos à qualidade da água.
No ato, os sindicatos levaram uma caixa d’água e afixaram cartazes, comparando o preço de encher 500 litros de água na tarifa social da Sabesp, que custa 51 centavos, com a mesma quantidade de água engarrafada vendida por diversas empresas, os preços nesse caso, variavam de 800 a 1200 reais.
Procurado, o governo do estado de São Paulo não respondeu até o fechamento da matéria.
Além do ato na manhã desta terça-feira (14) em São Paulo, outras manifestações ocorrem em diversos estados do país. No Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Piauí, há entrega de uma carta aberta contra as privatizações e, no Recife, um ato está marcado para às 5 e meia da tarde na estação Recife de metro.
Agência Brasil / Por Nelson Lin - Repórter da Rádio Nacional - São Paulo / Edição: Nádia Faggiani / Guilherme Strozi - 14/02/2023 17:10:09. Última edição: 14/02/2023 17:10:09