Elas foram vítimas de uma organização criminosa que fez a troca das etiquetas das bagagens para levar drogas para o exterior.
A segurança das malas despachadas nos aeroportos ganhou atenção redobrada esta semana após o caso de duas brasileiras que acabaram presas, na Alemanha, por tráfico de drogas, ao terem a etiqueta das bagagens trocadas.
Jeanne Pinho e Katyna Oliveira, que ficaram detidas desde o dia 6 de março deste ano, em Frankfurt, foram liberadas nesta terça-feira (11) por serem inocentes.
Elas foram vítimas de uma organização criminosa que fez a troca das etiquetas das bagagens para levar drogas para o exterior. Outra vítima do mesmo esquema foi apontada pela Polícia Federal e o episódio também veio à tona nesta terça.
Uma mulher que partiu de Goiânia para Paris, na França, com escala no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, teve a bagagem trocada. Esta passageira não chegou a ser detida no exterior porque dois suspeitos pelos crimes de tráfico internacional de drogas foram identificados e presos.
A advogada Carolina Vesentini, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, aponta falhas de segurança nos dois casos.
Sobre os cuidados que os passageiros precisam tomar com a bagagem para evitar transtornos como troca, extravios e golpes, Carolina Vesentini dá algumas orientações.
Outra medida recomendada, segundo a especialista, é a identificação da mala com etiqueta com dados pessoais e a personalização com algum acessório que facilite na hora de retirar a bagagem na esteira.
Caso a mala tenha sido danificada durante o voo, o passageiro precisa fazer uma reclamação no guichê da companhia aérea ainda no aeroporto, explica a advogada. Carolina explica, ainda, como proceder em casos de extravio.
Em nota, a concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, esclarece que o manuseio das bagagens, desde o momento do check-in até a aeronave, é de responsabilidade das empresas aéreas. E que contribui, quando solicitada, com informações aos órgãos policiais.
Sobre a segurança das bagagens transportadas, a Gol respondeu, em nota, que a etiqueta de identificação inserida no check-in pode se perder durante o percurso até a aeronave e, por isso, recomenda as identificações pessoais feitas pelos passageiros nas partes interna e externa das malas. Medidas de segurança como levar objetos de valor e frágeis na bagagem de mão e fotografar a bagagem antes da viagem também foram apontadas pela Gol.
Latam e Azul não responderam nosso pedido de posicionamento até o fechamento desta edição.
Agência Brasil / Por Daniella Longuinho - Repórter da Rádio Nacional - Brasília / Edição: Raquel Mariano / Alessandra Esteves - 11/04/2023 21:25:04. Última edição: 11/04/2023 21:25:04