Chuva e falta de planejamento urbano causam estragos no norte do RJ

Depois de três dias de chuvas intensas no estado do Rio de Janeiro e que provocaram alagamentos e deslizamentos na região norte, o tempo começa a melhorar nesta quarta-feira (21). Mas ainda há muita nebulosidade e chuva de forma isolada.

Os municípios de Campos dos Goytacazes e Macaé, no norte fluminense, e Rio das Ostras, na Baixada Litorânea, foram os mais atingidos e agora contabilizam os prejuízos.

Depois de uma vistoria, na manhã desta quarta no local onde parte do dique desmoronou às margens do rio Paraíba do Sul, em Campos, o subsecretário estadual das Cidades, Bruno Vale Ferreira, disse que a sondagem do solo para que a contenção do rio seja reconstruída já começou e que as obras devem durar seis meses.

A cidade de Macaé permanece em estágio de alerta, e a prefeitura já começou os trabalhos na rua que estava em obras e onde fortes chuvas abriram uma enorme fenda, de ponta a ponta da via. Várias áreas ficaram inundadas, e, segundo a Defesa Civil do município, 14 pessoas estão desabrigadas e duas desalojadas.

Já Rio das Ostras mantém a situação de emergência nesta quarta-feira. As famílias desalojadas ou desabrigadas estão sendo atendidas no Centro Integrado de Convivência do bairro de Nova Esperança. As aulas nas escolas da rede pública ainda estão suspensas.

A meteorologista Anete Fernandes, do Instituto Nacional de Meteorologia, explicou que a chuva volumosa que atingiu o estado do Rio de Janeiro foi provocada pela chegada de ventos da região amazônica e do oceano Atlântico, mas que a tendência é diminuir.

A cidade do Rio de Janeiro está no estágio de mobilização por causa da chuva intermitente desde segunda-feira, mas sem registro de deslizamentos ou alagamentos.

Em uma escala de cinco, o estágio de mobilização é o segundo nível e significa que há riscos de ocorrências de alto impacto na cidade.