As dimensões dos danos digitais e sua influência nas instituições democráticas do Brasil são o tema do estudo Pulso da Desinformação, produzido pelo Instituto Igarapé.
A pesquisa analisa as tendências de desinformação observadas desde 2014 e na dinâmica do ciclo eleitoral presidencial durante o período de agosto a outubro de 2022, concentrando-se especialmente em narrativas contra as instituições democráticas e seus impactos.
São estudados atores, alvos e táticas. O relatório também examina como várias partes interessadas responderam institucionalmente à desinformação online, incluindo o setor público, plataformas digitais e sociedade civil.
Entre as perguntas lançadas pelo estudo estão: Qual a amplitude de disseminação da desinformação e notícias falsas? Qual a credibilidade dessas fontes para os usuários?
Uma das principais descobertas da pesquisa é que a extrema direita foi muito mais ativa e efetiva na disseminação de mensagens do que a esquerda, o centro ou a mídia tradicional. Maria Eduarda Assis, assessora jurídica do Instituto Igarapé, e uma das responsáveis pela análise, exemplifica essa realidade com números encontrados pelos pesquisadores na rede social Facebook.
O estudo também reforça a importância da população confiar na democracia e em suas instituições.
A análise também aponta caminhos a serem percorridos diante deste cenário, como a construção de iniciativas que devem se concentrar em capturar e conter notícias falsas e conspirações antes que se tornem virais, investimentos em educação digital e engajamento social para a formulação de novas regras de regulação de conteúdos nas redes sociais.
* Com colaboração de Vitor Abdala
Agência Brasil / Por Carolina Pessoa - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro / Edição: Roberto Marques / Pedro Lacerda - 17/04/2023 19:40:10. Última edição: 17/04/2023 19:40:10