Confira a previsão do tempo no Brasil nesta quinta-feira (10)
Rio Branco, no Acre, tem sol entre muitas nuvens. A temperatura marca mínima de 22 e máxima de 36º C. A umidade do ar vai de 35 a 90%.
Entidades dizem que emissoras locais ajudam a reduzir esses desertos
O trabalho e os investimentos em jornalismo comunitário e local, incluindo veículos digitais e rádios, tornam-se fundamentais para avançar contra os “desertos de notícias” no Brasil. Essa é a avaliação de entidades do campo da comunicação, após a divulgação do Atlas da Notícia, que mostra haver 26,7 milhões de pessoas que vivem em 2.712 cidades sem qualquer veículo de comunicação local.
© Joédson Alves/ Agência Brasil
Os dados do levantamento, entretanto, indicam ainda ter havido uma redução de 8,6% no número de cidades nessa situação, quando comparado ao ano passado. A pesquisa aponta que veículos digitais e rádios comunitárias são responsáveis por essa diminuição dos “desertos”.
"A liderança do segmento online no universo do jornalismo local brasileiro é um caminho natural, que já vinha sendo observado pelas outras edições do Atlas e que se relaciona à crise do jornalismo impresso e à facilidade tecnológica para o lançamento de novas iniciativas digitais”, afirma Maia Fortes, diretora executiva da Associação de Jornalismo Digital (Ajor). Ela explica que o crescimento é essencial para o fortalecimento da democracia e aumento da pluralidade do sistema informativo.
Maia Fortes acrescenta que a entidade participa de discussões e tem construído propostas para a criação de políticas públicas de fomento ao jornalismo. Para ela, um ponto que pode ajudar no financiamento do jornalismo é a remuneração de conteúdos pelas big techs, pauta que está em debate em Brasília. “Somos signatários do documento PL nº 2370/2019, a respeito de remuneração do jornalismo por plataformas”. A diretora entende que é fundamental e deve promover pluralidade e contemplar profissionais.
Outro tipo de veículo que leva as “sementes” para reduzir os desertos de notícias são as rádios comunitárias. Para a jornalista Taís Ladeira, da Associação Mundial de Rádios Comunitárias no Brasil (Amarc), os veículos preenchem a ausência de comunicação comunitária e popular.
“A rádio comunitária também tem o papel de regionalização da produção, de falar sobre os problemas da sua comunidade para a própria comunidade”. Ela defende mais investimentos para esse tipo de rádio a fim de que os projetos que nascem com intenção de prestar serviço à sociedade tenham sustentabilidade. Além de mais incentivos e investimentos, a jornalista entende que é fundamental proporcionar parcerias não onerosas com universidades, por exemplo, para capacitar quem trabalha na rádio.
O presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço), Jeremias dos Santos, lembra que não há integração total do país e a rádio ainda faz o papel fundamental de proporcionar comunicação cidadã. “Hoje, quase 2 mil municípios ainda não têm uma emissora comunitária. Então, depende do Estado brasileiro acelerar esse processo”. Para ele, são necessárias rádios em comunidades indígenas e quilombolas para levar serviços e reduzir a desinformação, por exemplo.
A experiência do servidor público Alan Camargo, que faz parte de uma associação comunitária no município de Sapiranga (RS), mantenedora da Rádio Ferrabraz, é a de defender a digitalização dessas rádios. Ele integra o movimento nacional de rádios comunitárias e atua com a capacitação de comunicadores, equipe técnica e movimentos sociais no sentido de fortalecer a radiodifusão comunitária.
“O país vive em um novo momento. Precisamos digitalizar o rádio para dar espaço a todos”. Camargo afirma que a digitalização do rádio no Brasil é a possibilidade de o país amadurecer nessa tecnologia e “ampliar a comunicação social sem depender única e exclusivamente das big tecs”.
Coordenador do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Admirson Ferro Jr entende que o Estado deve facilitar e impulsionar a produção local de informações, mas as dificuldades passam pela falta de sustentabilidade dos negócios.
“É necessário habilitar a mídia alternativa no Brasil para ter direito a recursos de propaganda e de incentivos. Para isso, precisam estar no cadastro”. O dirigente avalia que esse cadastramento poderia ser mais facilitado, de forma mais prática e rápida, o que não acontece ainda.
O representante da FNDC exemplifica que as comunidades no Norte precisam estar cientes sobre degradação do meio ambiente. Essa divulgação, acredita, é de apoio às comunidades e deveria ser feita com qualidade pela comunicação local e pública.
Por Luiz Claudio Ferreira - Repórter da Agência Brasil - Brasília / Edição: Graça Adjuto - 10/08/2023 08:00:10. Última edição: 10/08/2023 08:00:10
Tags: Desertos De Notícias Atlas Da Notícia Jornalismo Comunitário
Rio Branco, no Acre, tem sol entre muitas nuvens. A temperatura marca mínima de 22 e máxima de 36º C. A umidade do ar vai de 35 a 90%.
Segundo pesquisa, diminuição do tempo de espera e aumento da segurança também seriam fatores a mudarem os hábitos de mobilidade pública nas grandes cidades do Brasil.
Exposição, que faz parte do Festival Brasil é Terra Indígena, mostra potencial de produção sustentável no centro da capital federal.
Em nota, a empresa que administra o Bondinho diz que não restringe o uso das imagens e que o propósito da notificação enviada ao ITS foi apenas esclarecer as regras para isso.