Festival de cultura indígena movimenta Brasília em dezembro
Brasil é Terra Indígena será nos dias 13 e 14 na esplanada do Museu Nacional da República. Evento terá feira de arte com representantes dos seis biomas brasileiros.
Desde o começo da crise com afundamento das minas, iniciada em 2018, é a primeira vez que as atividades de pesca são proibidas. A situação trouxe desespero para ao menos 500 pescadores da região, que já vinham sofrendo com a assoreamento da lagoa e a poluição.
Parte dos peixes e mariscos sempre presentes no prato dos moradores de Maceió tendem a desaperecer. Tainha, bagre, mandim, camurim, mororó, sururu, maçunim, siri e caranguejo, que habitam a Lagoa Mundaú, na capital alagoana, correm risco de não serem mais pescados.
Na última sexta-feira (1º), a Capitania dos Portos, órgão da Marinha, proibiu o tráfego de embarcações em grande parte da Lagoa Mundaú devido aos riscos de desabamento da mina nº 18 de exploração de sal-gema pela Braskem.
Desde o começo da crise com afundamento das minas, iniciada em 2018, é a primeira vez que as atividades de pesca são proibidas.
A situação trouxe desespero para ao menos 500 pescadores da região, que já vinham sofrendo com a assoreamento da lagoa e a poluição.
Mauro Santos, presidente da Colônia de Pescadores da Zona 4, que circula a área isolada pela exploração da Braskem, fala que a produção do pescado vem diminuindo nos últimos 10 anos. Por isso, a demanda emergencial dos pescadores é que se paga um auxílio ou seguro defeso que permita a sobrevivência.
A pescadora e marisqueira Andreza Santos afirma que a situação da pesca piorou nos últimos anos. Ela diz que com a proibição da pesca na lagoa, está indo para locais mais distantes para trabalhar.
Andreza afirma que o colapso das Minas da Braskem afeta não só pescadores, mas todos os moradores do entorno da Lagoa.
Mauro Santos diz que a maioria dos pescadores vive ao redor da Lagoa do Mundaú e, por medo, pede a realocação dos Flexais, comunidades no bairro de Bebedouro.
No final de semana, a prefeitura de Maceió começou a entrega de cestas básicas que, para os pescadores, ainda é insuficiente.
Nesta segunda-feira (4), a prefeitura se reuniu com o Ministério da Pesca para solicitar o seguro defeso para os pescadores atingidos pela ação da Braskem.
Em nota, a Braskem informou que está em construção um centro de apoio aos pescadores e píer, tendo sido seus projetos discutidos com representantes da Colônia de Pescadores Z4 e a Federação dos Pescadores. A empresa também reconhece ainda a condição de isolamento social dos moradores das comunidades dos Flexais.
A Braskem ainda afirma que o diagnóstico ambiental independente e demais estudos realizados demonstram que não há impacto na qualidade da água ou restrição à atividade pesqueira decorrente das atividades da empresa.
Na segunda-feira, o Ministério Público Federal e de Alagoas e a Defensoria Pública da União expediram uma recomendação para que a Braskem, em 5 dias, garanta auxílio-financeiro para pescadores e marisqueiros atingidos pela interdição da Lagoa Mundaú.
Agência Brasil / Por Gésio Passos - Repórter da Rádio Nacional - Maceió / Edição: Rádio Nacional/ Marizete Cardoso - 05/12/2023 09:15:03. Última edição: 05/12/2023 09:15:03
Tags: Minas Da Braskem Lagoa Mundaú Pescadores
Brasil é Terra Indígena será nos dias 13 e 14 na esplanada do Museu Nacional da República. Evento terá feira de arte com representantes dos seis biomas brasileiros.
Interdição da Lagoa Mundaú, em Maceió, impede a pescaria e cria um problema para as famílias que tiram de lá seu sustento. Trabalhadores recebem cestas básicas, mas não é o suficiente. "Precisamos pagar água, luz", alertam.
Exposição, que faz parte do Festival Brasil é Terra Indígena, mostra potencial de produção sustentável no centro da capital federal.
Em nota, a empresa que administra o Bondinho diz que não restringe o uso das imagens e que o propósito da notificação enviada ao ITS foi apenas esclarecer as regras para isso.