MPRJ vai investigar mortes em operação no Complexo da Penha

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro vai investigar as circunstâncias das mortes ocorridas durante a operação da Polícia Militar no Complexo da Penha, na zona norte da capital fluminense, na última quarta-feira (2).  

No confronto com traficantes, dez homens morreram e cinco ficaram feridos, entre eles dois policiais. 

Já como parte do procedimento investigatório criminal, um perito legista do MP acompanhou, nessa quinta-feira (3), a necropsia dos corpos no Instituto Médico Legal. 

De acordo com o Ministério Público, a apuração tramita em sigilo e foi instaurada diante da necessidade de realização de uma investigação independente, em casos de mortes por intervenção das forças de segurança do estado, como determina a Corte Interamericana de Direitos Humanos e o Supremo Tribunal Federal. 

O MP disponibiliza um serviço de atendimento 24 horas para receber denúncias de possíveis casos de violência e abusos de autoridade, cometidos durante operações policiais em comunidades no estado do Rio de Janeiro.  

De acordo com a Polícia Militar, a operação no Complexo da Penha teve o objetivo de localizar e prender integrantes de facções criminosas e foi feita após monitoramento do Setor de Inteligência, que indicou que ocorreria uma reunião de lideranças desses grupos na região. 

Os agentes foram atacados por indivíduos armados e as mortes dos suspeitos de envolvimento com o tráfico ocorreram em confronto. 

Durante a operação, foram apreendidos sete fuzis, munições e granadas. 

Dezesseis escolas públicas da região foram impactadas e quase três mil alunos ficaram sem aulas.