A investigação começou há quase dois anos, quando um grupo de brasileiros foi identificado no Texas, em um esquema de contrabando de pessoas.
A Polícia Federal, em ação conjunta com a Agência de Investigações de Segurança Interna, da embaixada norte-americana, realizou nesta segunda-feira (13), uma operação de combate a uma organização que negociava a ida de pessoas para os Estados Unidos.
A investigação começou há quase dois anos, quando um grupo de brasileiros foi identificado no Texas, em um esquema de contrabando de pessoas.
A Polícia Federal passou a monitorar os alvos e uma empresa aérea pertencente ao grupo, com sede no município de Buritis, em Rondônia. A empresa era responsável pela logística da emissão de passaportes e compra de passagens com destino ao México, de onde os migrantes atravessam a pé para os Estados Unidos.
Entre 2019 e 2022, a polícia identificou 444 pessoas que tentaram ingressar nos Estados Unidos com o apoio desses denominados “coiotes”. Grande parte residente em Rondônia. Após o pagamento, muitos desses migrantes não conseguiram cruzar a fronteira, foram detidos e deportados para o Brasil.
Em setembro de 2021, uma brasileira de Rondônia, de 49 anos, morreu durante a travessia após ter sido abandonada pelos atravessadores. Em dezembro do mesmo ano, outra brasileira foi roubada e violentada; e, em seguida, abandonada para morrer, em situação semelhante.
Os migrantes pagavam o auxílio da viagem, por meio da transferência de veículos, imóveis, e até com a emissão de notas promissórias. Entre 2017 e 2021, o grupo criminoso movimentou mais de R$ 16,5 milhões.
Nesta segunda, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão de dispositivos eletrônicos, documentos e armas de fogo, em Rondônia, Amazonas, Tocantins e Goiás, além da prisão de seis investigados.
Agência Brasil / Por Gabriel Corrêa - Repórter da Rádio Nacional - São Luís / Edição: Sâmia Mendes/ Renata Batista - 13/02/2023 12:45:07. Última edição: 13/02/2023 12:45:07