Dia do jornalista: como frear escalada da violência contra profissão
Apenas em 2022, relatório aponta 557 ataques a profissionais de imprensa. Representantes da Abraji e Fenaj avaliam que é urgente e possível reverter esse cenário.
Neste 7 de abril, dia do jornalista, profissionais pedem condições dignas de trabalho, combate ao discurso de ódio, desinformação e cultura de agressão ao jornalismo, que questionam credibilidade da profissão.
Nesta sexta-feira, 7 de abril, é comemorado o dia das e dos jornalistas. Além da importância de ter condições dignas de trabalho, é preciso combater os discursos de ódio e a desinformação das redes sociais, que questiona a credibilidade da profissão. A avaliação é da presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Samira de Castro.
"São pessoas que querem se basear em informações fraudulentas repassadas pelas redes de WhatsApp (...) todo mundo diz o que quer, nas redes sociais, e as pessoas estão abdicando da veracidade das informações colhidas e apresentadas por jornalistas".
Com isso, surgem cenários de violência e hostilidade contra esses profissionais. Um relatório da FENAJ aponta que, no ano passado, foram registrados mais de 370 casos de agressões aos profissionais e ataques à categoria e veículos de imprensa. Samira de Castro, da entidade, atribui esse aumento, nos últimos anos, à ascensão da extrema-direita no Brasil e ao fato de pessoas comuns serem influenciadas por políticos.
"Nos últimos quatro anos, ela aumentou substancialmente em função deste sentimento, capturado pela extrema-direita, de colocar o jornalismo como uma necessidade de ser combatido. De criminalização da atividade jornalística como uma estratégia de fazer sobressair uma narrativa baseada no discurso de ódio, na mentira".
Para a presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Katia Brembatti, a saída para conter a cultura de agressão contra jornalista está em diferentes aspectos, incluindo a punição aos agressores e a consciência da importância da profissão.
"A pessoa está ali trabalhando. Você pode discordar dela com solidez, com educação, com argumentos, mas não praticando crimes. Outra coisa que é bem importante é mostrar o papel da imprensa: a imprensa está presente no dia a dia das pessoas de formas muito diversas, que às vezes a população não percebe. E o terceiro ponto, que eu acho bastante importante, é a questão da impunidade".
Um decreto de 1969 obrigou a apresentação de diploma para a profissão de jornalista, no Brasil. Em 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) retirou a obrigatoriedade do diploma de jornalista. Uma PEC que volta a obrigar o diploma já foi aprovada no Senado. Agora, é preciso ser votada na Câmara dos Deputados. Para isso, as entidades da categoria promovem a campanha PEC do Diploma para Jornalista SIM.
*com a colaboração de Luiz Claudio Ferreira
Agência Brasil / Por Sayonara Moreno* - Repórter da Rádio Nacional - Brasília / Edição: Ana Lúcia Caldas / Nathália Mendes - 07/04/2023 11:30:12. Última edição: 07/04/2023 11:30:12
Tags: Dia Do Jornalista Fenaj Abraji
Apenas em 2022, relatório aponta 557 ataques a profissionais de imprensa. Representantes da Abraji e Fenaj avaliam que é urgente e possível reverter esse cenário.
O número de multas por desmatamento e outras infrações na região amazônica, no primeiro trimestre de 2023, aumentou 219%, se comparado à média do mesmo período dos anos de 2019 a 2022. Os dados são do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Somam-se às multas, as apreensões de bens e produtos relacionados às infrações ambientais, que tiveram alta de 133%, e o número de embargos de propriedades, que cresceu 93%, no mesmo período.
Exposição, que faz parte do Festival Brasil é Terra Indígena, mostra potencial de produção sustentável no centro da capital federal.
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