RJ cria força-tarefa para investigar lavagem de dinheiro de milícias

O Ministério da Justiça e Segurança Pública e o governo do estado do Rio de Janeiro vão trabalhar juntos para combater crimes financeiros e em especial a lavagem de dinheiro de grupos criminosos que atuam no território fluminense. O anúncio da construção dessa força-tarefa foi feito pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, após reunião com o governador Cláudio Castro na noite dessa terça-feira.

Segundo Capelli, asfixiar financeira as organizações criminosas é decisivo para reduzir o potencial ofensivo delas. Ele esteve no Rio de Janeiro  para acompanhar os desdobramentos dos ataques ao transporte público feitos na segunda feira por criminosos depois que o miliciano Matheus Rezende morreu em uma troca de tiros com a polícia civil, no mesmo dia. Trinta e cinco ônibus e um trem foram incendiados na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, região dominada pela milícia.

Segundo o governador, Cláudio Castro, o GT vai começar a atuar na próxima semana.

Na noite dessa terça-feira (24), a Polícia Civil prendeu um acusado de ser o operador financeiro da milícia controlada por Danilo Dias Lima, o “Tandera”. O homem que não teve a identidade revelada é primo do líder da organização criminosa e foi capturado em Ramos, na Zona Norte.

Segundo a Policia Civil, o criminoso estava de posse de uma escopeta e munições, e foi autuado em flagrante. Ele é apontado como responsável pela lavagem de dinheiro do grupo paramilitar.

A circulação de ônibus e trens na Zona Oeste que ficou prejudicada durante todo o dia de terça-feira, mas nesta quarta-feira já voltou à normalidade. Os 12 postos de saúde e as 24 escolas que ficaram fechadas também funcionam normalmente.