Um ataque hacker ao sistema da SPTrans, empresa que administra o bilhete único usado no transporte coletivo da capital paulista, expôs os dados cadastrais de 13 milhões de pessoas.
Os dados de 13 milhões de usuários do transporte público de São Paulo ficaram expostos depois de um ataque cibernético.
Um ataque hacker ao sistema da SPTrans, empresa que administra o bilhete único usado no transporte coletivo da capital paulista, expôs os dados cadastrais de 13 milhões de pessoas.
Os criminosos tiveram acesso a informações sensíveis como nome, data de nascimento, CPF, RG, endereço, telefone, e-mail, filiação, naturalidade, login e senha do portal de serviços da empresa.
Em nota, a SPTrans disse que soube do vazamento no dia 15 de dezembro e que os dados expostos são de abril de 2020.
Apesar da falha no sistema de segurança, a empresa garantiu que os bilhetes permanecem ativos e os créditos preservados. Mas pediu para os usuários alterarem a senha no site do Bilhete Único.
Logo que recebeu a informação a cientista social, Maria Souza, de 24 anos, tentou alterar a senha e enfrentou dificuldades. Mas mesmo seguindo todas as orientações, ela fica preocupada com que pode ser feito com seus dados pessoais.
Ela lembrou do vazamento gigantesco, no início de 2021, que expôs os dados de 223 milhões de brasileiros que estavam sob os cuidados da Serasa Experian.
Uma ação pede que a empresa seja multada em R$ 200 milhões e que os titulares dos dados tenham seus direitos garantidos. Mas o processo ainda tramita na justiça e a Serasa não precisou responder pelo vazamento.
Segundo a SPTRANS, o ataque hacker foi informado à Autoridade Nacional de Proteção de Dados e à Divisão de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de São Paulo.
Segundo a empresa, os titulares dos dados expostos também estão informados por e-mail sobre o vazamento.
Agência Brasil / Por Eliane Gonçalves - Repórter da Rádio Nacional - São Paulo / Edição: Roberto Piza / Beatriz Arcoverde - 23/12/2022 22:00:05. Última edição: 23/12/2022 22:00:05