Geral

Uerj apresenta aplicativo para gestão e comércio de água de reuso

Tecnologia opera com dados das estações de tratamento de esgoto

A versão 2.0 do Reusa, aplicativo para gestão e comércio de águas de reaproveitamento, será apresentada ao público nesta terça-feira (29) durante o Seminário Reúso de Efluentes e Geração de Negócios, no campus Maracanã, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Uerj apresenta aplicativo para gestão e comércio de água de reuso
© Pedro França/Agência Senado

Trata-se de uma tecnologia que vem sendo idealizada desde 2019 por pesquisadores do Departamento de Engenharia Sanitária e do Meio Ambiente da Faculdade de Engenharia da Uerj. A expectativa é que em meados de 2024 uma versão comercial do aplicativo já esteja disponível.

A ferramenta permitirá controlar em tempo real as demandas e estoques das águas das estações de tratamento de esgoto (ETE) e será uma ponte entre os produtores e consumidores que utilizam esse recurso.

“Esse aplicativo coloca em contato quem quer comprar essa água de reúso com quem quer vender essa água. É uma espécie de marketplace da água de reúso. Por exemplo, um condomínio pode comprar essa água para lavar as áreas em comum pois não vai usar água potável que é muito cara. Ele pode se cadastrar no aplicativo e identificar onde tem água de reúso disponível e comprar essa água”, explicou o professor Marcelo Obraczka, coordenador do projeto.

A água de reúso é produzida nas estações de tratamento e pode ser utilizada para várias finalidades como na irrigação industrial e na limpeza urbana. No Brasil, há uma grande oferta de água com características favoráveis para serem reutilizadas, o que ajuda a diminuir a poluição de rios, lagos e mananciais e, portanto, a conservar os recursos hídricos.

A versão de teste do Reusa vai operar na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde foram identificadas ETE que poderiam atender à demanda de centenas de empresas. O aplicativo também poderá ser implementado em outros locais desde que haja a disponibilidade dos dados necessários para sua operação.

A carência de uma cultura de reúso de água assim como a escassez do registro de dados históricos são alguns dos desafios com os quais a equipe de pesquisadores e desenvolvedores do Reusa lidam. Segundo o professor Marcelo Obraczka, a nova tecnologia é uma proposta inovadora na gestão de recursos hídricos no Brasil, que “irá ajudar na redução substancial dos custos operacionais de indústrias e de outros grandes consumidores de água com o uso mais racional do sistema de água potável, sendo também uma alternativa de aumento de receita na cadeia de produção de água”.

A tecnologia foi pesquisada e desenvolvida na Uerj, e desde 2022 conta com o fomento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) por meio do programa Catalisa ICT. Também houve apoios e intercâmbio de expertise e dados com instituições estratégicas do setor como a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) e a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro / Edição: Fernando Fraga - 29/08/2023 07:50:38. Última edição: 29/08/2023 07:50:38

Tags: Água Meio Ambiente Reúso De água Estação De Tratamento De Esgoto Uerj Aplicativo

Leia também:

Confira a previsão do tempo no Brasil nesta terça-feira (29)

Confira a previsão do tempo no Brasil nesta terça-feira (29)

Brasília, capital federal, tem nesta terça-feira (29) muitas nuvens com pancadas de chuva e trovoadas isoladas. Os termômetros registram mínima de 17 e máxima de 26º C. A umidade do ar fica entre 50 e 95%.

A dor não tem cura, diz viúva de vítima da chacina de Vigário Geral

A dor não tem cura, diz viúva de vítima da chacina de Vigário Geral

Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro informou que 52 pessoas foram denunciadas por envolvimento na chacina, mas só quatro foram condenadas.

Brasília recebe a maior feira de arte indígena já realizada no país

Brasília recebe a maior feira de arte indígena já realizada no país

Exposição, que faz parte do Festival Brasil é Terra Indígena, mostra potencial de produção sustentável no centro da capital federal.

Uso de imagem do Bondinho Pão de Açúcar gera polêmica nas redes

Uso de imagem do Bondinho Pão de Açúcar gera polêmica nas redes

Em nota, a empresa que administra o Bondinho diz que não restringe o uso das imagens e que o propósito da notificação enviada ao ITS foi apenas esclarecer as regras para isso.

Este site usa cookies para fornecer serviços e analisar o tráfego. Saiba mais. Ok, entendi