Geral

UFRJ ajuda associações a tornar produtos rurais mais atrativos

Projeto visa reformular design de produtos com Indicação Geográfica

Cinco associações de produtores rurais certificados com o registro de Indicação Geográfica (IG) participam de projeto piloto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), junto com a Escola de Belas Artes, para tornar seus produtos mais atrativos.

UFRJ ajuda associações a tornar produtos rurais mais atrativos
© Valter Campanato/ Agência Brasil

O selo de IG, concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), é entregue a produtos que detêm características exclusivas dos locais ou regiões onde são fabricados.

Muitos produtos que receberam a certificação ganharam notoriedade nacional e aumento de consumo, como o queijo da Serra Canastra, em Minas Gerais, e a cachaça de Paraty, na Costa Verde Fluminense. Porém, isso não ocorre somente por causa do selo.

“Muitas vezes, faltam cuidados, melhorias na embalagem, na arte visual de como o produto vai ser apresentado ao consumidor. É aí que a UFRJ entra no projeto, junto com a Escola de Belas Artes, para se aproximar dessas indicações geográficas, entender as características deles e pensar novas formas de apresentação”, explica a diretora do projeto Inova UFRJ, Kelyane Silva.

O trabalho envolve desde o estudo do site das associações produtoras até o redesign do produto, apresentação ao consumidor e o que atrai o público a comprar esse produto. “Não adianta só ter as características inovadoras e peculiares do ambiente. Ele precisa também estar bem-apresentado para que consiga atrair a atenção do consumidor, seja no mercado nacional ou no mercado externo, porque muitos desses produtos são destinados também à exportação”.

As cinco associações rurais selecionadas para o projeto são as rendas de agulha de lacê, feitas em Divina Pastora, em Sergipe; o açafrão de Mara Rosa, em Goiás; o guaraná de Maués, no Amazonas; o café produzido nas Matas de Minas, em Minas Gerais; e o socol, embutido de carne suína de Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo.

As propostas serão apresentadas em um evento de demonstração, na Inovateca, no Parque Tecnológico da UFRJ, em setembro. A intenção é que o projeto seja encerrado no segundo semestre.

A primeira fase envolveu estudo das características dos produtos e visitas dos alunos e professores aos produtores locais para identificação das especialidades. Para o coordenador acadêmico do projeto, Clorisval Pereira, da UFRJ, as melhorias que serão introduzidas contribuirão para tornar os cinco produtos mais conhecidos e mais competitivos.

Vinte e cinco estudantes da UFRJ, dos cursos de graduação em Comunicação Visual Design, Design de Produto, Artes Visuais, Arquitetura e Engenharia de Produção foram participam do projeto.

A inciativa tem coordenação da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), responsável também pelo projeto global "IP for Young Designers", que visa capacitar e habilitar estudantes na integração de conhecimentos e práticas de design, inovação e propriedade intelectual.

São parceiros do projeto o INPI, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com apoio do Parque Tecnológico da UFRJ e da WIPO/Japão.

Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro / Edição: Carolina Pimentel - 27/06/2023 20:40:35. Última edição: 27/06/2023 20:40:35

Tags: UFRJ Selo De Indicação Geográfica

Leia também:

Expo Favela Innovation Rio 2023 está com inscrições abertas

A Expo Favela é uma grande feira que conecta favela e asfalto através do empreendedorismo e será realizada entre os dias 29 e 31 de julho.

Recursos do Google vão facilitar acesso a benefícios sociais e vacinas

Iniciativa, anunciada durante o evento Google for Brasil, nesta terça-feira, em São Paulo, tem o apoio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

Brasília recebe a maior feira de arte indígena já realizada no país

Brasília recebe a maior feira de arte indígena já realizada no país

Exposição, que faz parte do Festival Brasil é Terra Indígena, mostra potencial de produção sustentável no centro da capital federal.

Uso de imagem do Bondinho Pão de Açúcar gera polêmica nas redes

Uso de imagem do Bondinho Pão de Açúcar gera polêmica nas redes

Em nota, a empresa que administra o Bondinho diz que não restringe o uso das imagens e que o propósito da notificação enviada ao ITS foi apenas esclarecer as regras para isso.

Este site usa cookies para fornecer serviços e analisar o tráfego. Saiba mais. Ok, entendi