Mais de 6 mil pessoas morreram na guerra entre Israel e Hamas
Mundo acompanha há duas semanas escalada da violência na guerra entre Israel e Hamas.Conflito atual começou com ataque do grupo Hamas contra os israelenses no último dia 7.
Em todo o país, cerca de 23 mil eleitores estão aptos a votar
A Sala Malvinas, próxima à entrada da Embaixada da Argentina em Brasília, está movimentada neste domingo (22). O local abriga a seção eleitoral do primeiro turno das eleições argentinas na capital federal.
© Joédson Alves/ Agência Brasil
Cerca de 23 mil cidadãos argentinos estão habilitados a votar na embaixada e nos 10 consulados do país vizinho no Brasil. Em Brasília, são 365 eleitores aptos, dos quais de 70 a 80 pessoas costumam votar. Isso porque, para os argentinos residentes no exterior, o voto é facultativo.
“Esta é uma eleição importante porque celebramos os 40 anos da retomada da democracia na Argentina”, diz o chefe da Chancelaria da embaixada, Pablo Antonio de Ángelis. “Embora eu ainda fosse jovem em 1983 e não tenha votado, lembro muito bem que foi um dia de muita esperança para o nosso país”, lembra o diplomata. Ele acrescenta que a troca de governo está marcada para 10 de dezembro, no mesmo dia em que Raúl Alfonsín tomou posse na Presidência após sete anos de ditadura militar.
A estudante Manuela Aldana Strok Coe vai à embaixada e vota pela primeira vez - Joédson Alves/Agência BrasilEm eleições marcadas pelo aumento da participação juvenil, vários jovens foram à embaixada votar pela primeira vez na vida. Estudante de Ciências Contábeis na Universidade da Brasília, Manuela Aldana Strok Coe, de 18 anos, espera por mudanças após as eleições. “Espero que a gente possa ter esperança. Acho que o povo está indo para um caminho melhor”, diz a universitária.
Filha de um brasileiro e de uma argentina, Manuela nasceu em Belo Horizonte, morou no país vizinho dos 2 aos 7 anos e voltou ao Brasil “para recomeçar a vida”. Após morar no Rio de Janeiro por cerca de três anos, está em Brasília há oito anos.
Eleitores veteranos também compareceram à embaixada. Há 23 anos no Brasil, o representante comercial Adolfo Enrique Martínez, de 51 anos, disse que estas eleições são importantes. “Espero melhora na economia e nas relações internacionais”, disse.
O representante comercial Adolfo Enrique Martínez, de 51 anos, deposita seu voto na urna - Joédson Alves/Agência BrasilNem Manuela, nem Martínez revelaram o voto. Martínez vota em Brasília há pelo menos 15 anos. “No começo, eu justificava [a ausência] o voto porque não sabia, mas transferi o domicílio eleitoral assim que descobri que era possível votar na embaixada e nos consulados”, recorda.
Estão habilitados a votar no Brasil todos os argentinos que mudaram o domicílio eleitoral até 25 de abril. A seção eleitoral da embaixada em Brasília abrange eleitores que moram no Distrito Federal e em seis estados: Acre, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Roraima, assim como o pessoal diplomático e suas famílias.
Diferentemente do sistema eleitoral brasileiro, onde os cidadãos residentes no exterior votam apenas para presidente, os argentinos que vivem em outros países podem votar para presidente, vice-presidente, deputados federais, senadores (em oito províncias que escolhem senadores) e parlamentares do Mercosul.
A votação é feita em uma cédula única de papel, na qual o eleitor registra as preferências.
Pela legislação atual, as primárias argentinas ocorrem em agosto, o primeiro turno, em outubro, e o segundo turno, em novembro. As datas são definidas pela Junta Nacional Eleitoral, órgão argentino equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral no Brasil. Os cidadãos argentinos em trânsito que não residam no exterior ou não mudaram o domicílio eleitoral têm 60 dias para justificar a ausência na votação. A justificativa pode ser feita tanto na embaixada como nos consulados.
Embora a votação ocorra em papel, a expectativa é que os resultados preliminares sejam divulgados rapidamente. A embaixada argentina no Brasil estima que até as 22h deste domingo, os cidadãos saibam que irá para o segundo turno, a ser realizado em 19 de novembro.
Nas eleições argentinas, a apuração ocorre em duas fases. Na primeira, os mesários de cada seção eleitoral contam as cédulas e enviam as atas de votação à Direção Nacional Eleitoral, onde é feita a totalização preliminar. Em seguida, as cédulas são contadas manualmente, com o resultado definitivo sendo proclamado em até duas semanas.
Nas representações diplomáticas, a ata de votação assinada pelos mesários é enviada virtualmente por um sistema eleitoral. Em dois dias úteis, todo o material eleitoral – cédulas e atas originais, são enviados por correio diplomático, para a contagem definitiva dos votos.
A votação vai até as 18h.
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília / Edição: Nádia Franco - 22/10/2023 14:10:09. Última edição: 22/10/2023 14:10:09
Tags: Argentina Eleições Presidenciais Votação Na Embaixada Apuração
Mundo acompanha há duas semanas escalada da violência na guerra entre Israel e Hamas.Conflito atual começou com ataque do grupo Hamas contra os israelenses no último dia 7.
Os argentinos vão as urnas, neste domingo, para escolher seu novo presidente da República em meio a uma grave crise econômica. A inflação no país ultrapassa 138% ao ano.
Segundo as Nações Unidas, Gaza enfrenta uma grave crise de saúde pública
O presidente Lula vem cobrando que os países ricos cumpram compromissos no âmbito internacional, como a doação de US$ 100 bilhões ao ano para que nações em desenvolvimento preservem florestas.