Internacional

Assembleia da ONU avalia resolução que pede cessar-fogo em Gaza

A Assembleia Geral da ONU avalia uma resolução que pede um "cessar-fogo imediato" em Gaza. A reunião começou nesta quinta-feira.

A Assembleia Geral da ONU avalia uma resolução que pede um "cessar-fogo imediato" em Gaza. A reunião começou nesta quinta-feira.

Assembleia da ONU avalia resolução que pede cessar-fogo em Gaza

Depois de vários impasses no Conselho de Segurança das Nações Unidas, países que apoiam o fim da guerra em Gaza convocaram uma reunião de emergência da Assembleia Geral para tentar fechar um acordo de Cessar Fogo.

Enquanto no Conselho de Segurança países como Estados Unidos ou Rússia tem poder de vetar as resoluções, na Assembleia Geral basta o voto da maioria dos países para que o texto seja aprovado.

Em pronunciamento, o observador permanente da Palestina junto às Nações Unidas, Riyad Mansour, pediu o cessar fogo imediato. Emocionado, ele falou dos mais de 7 mil palestinos mortos desde o dia 7 de outubro e questionou a diferença de tratamento dado para as vítimas israelenses e as vítimas palestinas. "Porque se sente tanta dor pela morte dos israelenses e tão pouca dor por nós, os palestinos? Qual é o problema? Nos temos a fé errada? A cor de pele errada? A nacionalidade errada? A origem errada? Como os representantes dos países podem explicar o quão horrível é a morte de mil israelenses e não sentir o mesmo pela morte de mil palestinos que estão morrendo agora, a cada dia?", indaga. 

O discurso foi interrompido várias vezes por aplausos. Já o pronunciamento do representante de Israel, Gilad Erlan, foi no sentido oposto. Ele chamou de absurda uma resolução pelo cessar fogo e comparou o Hamas, responsável pela ação do dia 7 de outubro, que resultou na morte de 1.400 israelenses, a um câncer: "A missão de Israel é erradicar essa mal da terra. Erradicar. Hamas não pode mais existir. Nosso objetivo é a completa erradicação do Hamas e suas capacidades. E vamos usar todo o tempo que tivermos para alcançar isso. Existe apenas um solução para curar um câncer e é extirpando cada célula cancerosa", afirma. 

O discurso foi acompanhado por uma audiência que permaneceu em silêncio todo o tempo. O ministro das relações exteriores do Irã , Hossein Amir-Abollahian, também discursou nesta quinta-feira e ameaçou os Estados Unidos, principal aliado de Israel: "Vou ser franco com o governo dos Estados Unidos que estão gerindo esse genocício na Palestina. Não consideramos bem vinda a expansão da guerra na região. Mas, eu aviso que se o genocício em Gaza continuar, eles não serão poupados da guerra. Esse é o nosso lar e o Oriente Médio é a nossa região".

Na última quarta-feira, na reunião do Conselho de Segurança, o representante dos Estados Unidos, Antony Blinken, já tinha ameaçado o Irã a não entrar na guerra.

Mesmo que a resolução seja aprovada pela Assembleia Geral, Israel não é obrigado a seguir a recomendação da ONU. Mas a votação pode mostrar o isolamento israelense na guerra.

Agência Brasil / Por Eliane Gonçalves - Repórter da Rádio Nacional - São Paulo / Edição: Roberto Piza/Edgard Matsuki - 27/10/2023 09:05:13. Última edição: 27/10/2023 09:05:13

Tags: ONU Assembleia

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