COP busca estabilizar concentração de gases de efeito estufa

O mundo enfrenta “ondas de calor mortais, secas, incêndios florestais, tempestades e inundações”, efeitos considerados devastadores, pela Organização das Nações Unidas. Na busca por estabilizar a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, a COP, Conferência das Partes acontece todos os anos, desde 1992. 

O relatório da ONU sobre mudança climática, divulgado este mês mostra que os planos das nações contra as mudanças climáticas “continuam insuficientes para limitar” o aumento da temperatura global, como previsto no Acordo de Paris.

O secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, ressalta a importância de conferências como a COP, apesar de avaliar o pouco avanço na hora de os países cumprirem os compromissos ambientais. E alerta que o mundo já vive uma crise climática. 

A COP deste ano está sendo sediada nos Emirados Árabes. O analista de geopolítica, Hugo Albuquerque, avalia que isso pode atrasar o processo de descarbonização do mundo, já que o país é um grande exportador de petróleo. 

Atualmente, 197 países são signatários do acordo para buscar formas de estagnar os efeitos climáticos no planeta. Exemplos de acordos importantes são o Tratado de Kyoto, em 1997 e o Acordo de Paris, de 2015. Neste último, todos os países do mundo concordaram em se esforçar para que o aquecimento global não aumentasse mais de 1 °C. 

O documento das Nações Unidas também mostra uma luz no fim do túnel: se os compromissos forem totalmente implementados, as emissões de gases poluentes, em 2050, podem ser 60% menores do que em 2019. 

Outro relatório da ONU, também divulgado em novembro, revela que os governos dos países pretendem produzir mais que o dobro de combustíveis fósseis – que são poluentes, como o petróleo – acima do ideal para limitar o aquecimento do planeta em 1,5 °C. Vale destacar que 90% das emissões de dióxido de carbono no ar vêm dos combustíveis fósseis.