Israel rebate crítica do secretário-geral da ONU sobre guerra
António Guterres disse que ataques do Hamas não justificam o “castigo coletivo” imposto por Israel à população da Faixa de Gaza.
A crise começou quando o Secretário Geral da ONU condenou as ações do Hamas no dia 7 de outubro, mas lembrou que a revolta não surgiu do nada. O clima da reunião que aconteceu nesta terça-feira em Nova Iorque esquentou.
A reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) foi marcada pelo impasse e pela disputa acirrada entre os países. O clima da reunião que aconteceu nesta terça-feira em Nova Iorque esquentou.
Israel chegou a cancelar o encontro com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que aconteceria depois da reunião do Conselho e, pelas redes sociais, o representante permanente de Israel na ONU, Gilad Erdan, pediu a renúncia de Guterres.
A crise começou quando o Secretário Geral condenou as ações do Hamas no dia 7 de outubro, mas lembrou que a revolta não surgiu do nada.
Guterres concluiu pedindo o cessar fogo imediato. Já o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, comparou o Hamas aos nazistas e negou qualquer possibilidade de cessar fogo.
Ele foi apoiado pelo representante dos Estados Unidos, secretário de estado Antony Blinken, que além de defender o direito de autodefesa de Israel, elevou o tom e ameaçou o Irã, caso o país resolva entrar no conflito.
Sem responder diretamente à ameaça, o representante do Irã chamou de terrorismo o bombardeio que atinge hospitais e escolas em Gaza e disse que, ao garantir apoio logístico e financeiro para Israel, os Estados Unidos são cúmplices do massacre.
Logo no início da reunião, o representante da Palestina Riyad al-Malikilembrou lembrou os mais de 5.700 palestinos mortos só na semana passada e pediu paz:
A reunião foi suspensa e retomada com a decisão de mais de 50 países que decidiram apresentar uma nova proposta de resolução para um cessar-fogo imediato em Gaza.
Agência Brasil / Por Eliane Gonçalves - Repórter da Rádio Nacional - São Paulo / Edição: Roberto Piza / Pedro Lacerda - 24/10/2023 22:10:07. Última edição: 24/10/2023 22:10:07
Tags: Conselho De Segurança ONU Guerra Israel Hamas
António Guterres disse que ataques do Hamas não justificam o “castigo coletivo” imposto por Israel à população da Faixa de Gaza.
O Ministério da Saúde de Gaza divulgou nesta terça-feira (24) que 5.791 pessoas morreram na região após o início dos bombardeios de Israel. Mais de 2.300 eram crianças. 16.300 pessoas ficaram feridas.
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