Libertação de reféns na Faixa de Gaza deve começar às10h

A libertação de reféns na Faixa de Gaza deve começar a partir das 10h do horário local, 5h do horário de Brasília.

O acordo entre Israel e o Hamas prevê uma trégua de quatro dias nos bombardeios para que 50 mulheres e crianças, com menos de 19 anos, feitas reféns pelo grupo, sejam libertadas em troca de 150 mulheres e adolescentes palestinos detidos em Israel.

Os reféns serão divididos em grupos. Israel também anunciou que vai estender em um dia a pausa no conflito para cada grupo adicional de dez reféns libertados. De acordo com o Hamas, o governo Israelense também concordou em interromper o tráfego aéreo sobre o norte de Gaza das 10h às 16h de quinta-feira.

O trato ainda impede qualquer ataque, movimentação militar ou expansão de território durante o período de pausa por parte dos dois lados. Ainda foi permitida a entrada de combustível e ajuda humanitária em casa.

Mesmo na véspera de a trégua começar, as atividades militares não cessaram. Várias explosões continuaram ocorrendo nesta quarta-feira na região, criando uma nuvem de fumaça por quase todo dia. O exército israelense divulgou um vídeo que mostra as tropas combatendo e ganhando território nas ruas da cidade.

Em Khan Younis, voluntários correram para ajudar vítimas de ataques aéreos que destruíram cerca de 20 casas. Em uma praça de Tel Aviv, capital de Israel, familiares dos sequestrados se reuniram para pedir a libertação de todos os reféns e tentam manter o otimismo.

Um pouco antes do acordo ser anunciado, o Papa Francisco se reuniu com alguns familiares dos reféns em Gaza. De acordo com o pontífice, o conflito já ultrapassou a guerra e se tornou terrorismo.

A trégua anunciada talvez ajude pessoas de outros países a sair da zona de conflito. Na cidade de Rafah, mais um grupo de estrangeiros conseguiu cruzar a fronteira nessa quarta-feira.

Desde 1º de novembro, uma evacuação limitada começou a ser feita para retirar cidadãos de outras localidades e palestinos que precisa atendimento médico urgente. O governo brasileiro já enviou uma nova lista com 86 nomes que esperam a autorização para sair de casa.