Na cerimônia de posse, realizada em Libreville, capital do Gabão, o general Oligui Nguema prometeu devolver o poder aos civis por meio de eleições livres e transparentes. Ele também anunciou a anistia aos opositores ao regime e uma nova constituição.
Tomou posse no Gabão, nessa segunda-feira (4), como presidente interino, o general Oligui Nguema, líder do exército que deu um golpe militar no país, alegando fraude nas eleições.
No final de agosto, o presidente deposto, Ali Bongo, havia vencido a disputa para um terceiro mandato, o que estenderia para seis décadas o domínio político de uma mesma família no Gabão, país localizado na África Central, com mais de 2,3 milhões de habitantes e exportador de minérios e petróleo.
Na cerimônia de posse, realizada em Libreville, capital do Gabão, o general Oligui Nguema prometeu devolver o poder aos civis por meio de eleições livres e transparentes. Ele também anunciou a anistia aos opositores ao regime e uma nova constituição.
Imagens da televisão gabonesa mostram autoridades e a população aplaudindo a posse.
Em entrevista à televisão francesa, Albert Ondo Ossa, político da oposição que disputou a eleição anulada, chamou todo esse processo de uma "revolução de palácio", pois o novo líder empossado, Oligui Nguema, é primo do presidente deposto.
No último sábado (2), o Comitê para a Transição e Restauração das Instituições, instituído pelos militares, reabriu as fronteiras do país, fechadas após o golpe.
Na semana passada, os países da União Africana haviam condenado o golpe militar e pedido prioridade para uma solução pacífica e a volta à ordem democrática.
Agência Brasil / Por Gabriel Corrêa - Repórter da Rádio Nacional - São Luís / Edição: Paula Castro/ Renata Batista - 05/09/2023 12:30:12. Última edição: 05/09/2023 12:30:12