Liga Árabe e União Africana pedem fim das ações militares em Gaza

Diante do conflito entre Israel e o grupo Hamas, as entidades Liga Árabe e União Africana, emitiram um comunicado com pedido pelo fim imediato “das ações militares em Gaza” e por um “esforço internacional concentrado para fornecer ajuda humanitária urgente e materiais básicos”, na região.

No comunicado conjunto, as duas entidades alertam para uma operação terrestre por parte de Israel, que pode levar ao que chamam de “um genocídio sem precedentes”; que é o extermínio intencional de um povo. Além disso, a Liga Árabe e a União Africana fazem um apelo à comunidade internacional, para atuarem conjuntamente, na prevenção de um “ataque prolongado contra os palestinos”. 

Também pedem a instalação de um “corredor humanitário para fornecer ajuda básica à população e socorrer os feridos”, já que citam ausência de “água potável, eletricidade e a sobrecarga do setor da saúde”.

Diante desse posicionamento, outros países e líderes mundiais, que inicialmente se posicionaram a favor de Israel, passam a reavaliar esse apoio imediato. Agora, eles “vêm dosando esse nível de solidariedade a Israel”. É o que avalia o especialista em Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Robson Valdez.

O mundo ocidental também vem se posicionando. Na América Latina, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, escreveu nas redes sociais que, se preciso, “vai suspender as relações externas com Israel”, porque ele diz não apoiar o que também chama de “genocídio”. Depois de manifestar “apoio inabalável dos EUA a Israel”, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse em uma entrevista, no fim de semana, que “seria um grande erro Israel ocupar Gaza” e destacou que o grupo Hamas não representa o povo palestino. O especialista Robson Valdez avalia a mudança de postura como um movimento de ponderação.

Robson Valdez destaca que grande parte das nações mundiais defendem a causa palestina e a criação do Estado da Palestina, reivindicado pelos povos palestinos, em busca de independência e autonomia.