Mauro Vieira vai ao Cairo para tratar de crise humanitária em Gaza

Após passar a quinta-feira (19) em Nova York, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, segue, nesta sexta, para o Cairo, capital do Egito.

Depois que os Estados Unidos vetaram o projeto de resolução brasileiro para os conflitos no Oriente Médio, na última quarta, Mauro Vieira vai participar, no sábado, de uma cúpula com outros países para discutir a guerra entre Israel e o grupo Hamas.

O Brasil foi convidado pelo governo do Egito e o presidente Lula – de repouso pós-cirurgia – enviou o ministro brasileiro de Relações Exteriores, para a cidade do Cairo, capital do país. No encontro vai ser tratada a crise humanitária em Gaza, enfrentada pelos palestinos. Ainda não há confirmação oficial das nações que participam do encontro, mas há previsão de que estarão presentes outros países árabes, como Jordânia, Catar e Turquia.

Lá na Faixa de Gaza, estão cerca de 30 brasileiros que pediram ao governo para serem trazidos ao Brasil. No entanto, isso só pode ser feito via terrestre, em ônibus, passando pela fronteira com o Egito, na região de Rafah. Só depois de chegarem ao país africano, é que podem embarcar no avião presidencial de volta ao Brasil.

A aeronave já está no Egito aguardando a autorização do país para a vinda dos brasileiros na fronteira com Gaza. 

Durante a participação na Comissão de Relações Exteriores, do Senado, o ministro Mauro Vieira lamentou o veto norte-americano e disse que uma nova tentativa de resolução pode ser feita, mas que é preciso observar os acontecimentos. Essa nova negociação pode ser tratada no retorno de Vieira a Nova York na segunda-feira.

Após a reunião do conselho de segurança, o representante permanente do Brasil, na ONU, Embaixador Sérgio Danese, informou, em um comunicado oficial, que o Brasil lamenta profundamente a derrubada do projeto, tem esperanças de que haja “esforços de outros atores” por resultados positivos. Segundo ele, as ações precisam ser rápidas e eficazes, já que “centenas de milhares de civis em Gaza não podem esperar mais”.