Internacional

Oriente Médio: Israel recusa cessar- fogo e quer libertação de reféns

Israel diz não aceitará cessar fogo até que o Hamas devolva os reféns sequestrados no dia 7 de outubro. A guerra já matou mais de dez mil pessoas. Nove mil eram palestinos.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou nesta sexta-feira (3) que Israel não aceitará cessar-fogo até que o Hamas devolva os reféns sequestrados no dia 7 de outubro.

Oriente Médio: Israel recusa cessar- fogo e quer libertação de reféns

Durante um pronunciamento transmitido pela televisão, Netanyahu também afirmou que não vai permitir a entrada de combustível dentro de Gaza e que é contra a transferência de fundos para o território palestino. Ele também fez ameaças. Disse que a vitória de Israel será clara e servirá como uma mensagem que ressoará por gerações.

A fala de Netanyahu ocorreu após um encontro com o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken, que também falou. Ele disse que a única solução para a paz na região é a criação de dois estados - um palestino e um judeu. E voltou a defender Israel. Disse que o país tem o direito e a obrigação de se defender contra terroristas e evitar que um ataque como o do dia 7 de outubro jamais volte a acontecer.

Já o representante palestino na Organização das Nações Unidas (ONU), Riyad Mansour, pediu que as Nações Unidas implementem a resolução aprovada na Assembleia Geral, que fala em cessar-fogo. E acusou os Estados Unidos de quererem continuar com a guerra.

A Assembleia Geral da ONU tem poder apenas de recomendação. Quem pode tomar medidas práticas é o Conselho de Segurança. Mas os integrantes desse conselho não conseguiram chegar a um acordo. Só os Estados Unidos vetaram duas resoluções que pediam o cessar fogo.

O representante do grupo árabe na ONU, Taher Elsonni também fez um pronunciamento. Disse que não há justificativa para Israel atacar campos de refugiados e hospitais sob o pretexto de se defender. E que privar dois milhões de palestinos de água, comida e combustível é cometer crimes de guerra.

Até agora a guerra já matou mais de 10,5 mil pessoas. Foram 1,4 mil do lado israelense. E mais de nove mil palestinos. Hoje, uma área ao lado do maior hospital de Gaza, o Al Shifa foi bombardeada. Ambulâncias que faziam a transferência de feridos para o Egito foram atingidas.

Além dos feridos, estrangeiros e palestinos com dupla nacionalidade estão sendo autorizados a deixar a Faixa de Gaza. Mas apenas 500 pessoas podem cruzar a fronteira a cada dia. Hoje foi liberada uma nova lista. Os brasileiros não estão entre os que devem sair nesta sexta-feira.

Agência Brasil / Por Iara Balduíno - TV Brasil - Brasília / Edição: Sheily Noleto/Pollyane Marques - 03/11/2023 18:35:13. Última edição: 03/11/2023 18:35:13

Tags: Conflito No Oriente Médio Cessar-Fogo Faixa De Gaza

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