Cisjordânia: violência aumenta em meio a conflito entre Israel e Hamas
Segundo o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários, 64 palestinos foram mortos na Cisjordânia entre os dias 7 e 18 de outubro. Desse total, 18 são crianças.
Hassan aguarda com esposa e filhas abertura da fronteira com o Egito
O brasileiro Hassan Rabee, de 30 anos, recebeu a informação nesta sexta-feira (2) de que o primo, a esposa, e filhos e netos do casal foram mortos em um bombardeio no norte da Faixa de Gaza durante na noite desta quinta-feira.
Hasan é palestino naturalizado brasileiro que vive em São Paulo desde 2014. Ele foi à Faixa de Gaza visitar a família poucos dias antes do início das hostilidades entre Israel e Hamas. Ele está com a esposa e duas filhas pequenas também brasileiras.
Em vídeo enviado à imprensa, Rabee conta que os bombardeios destruíram o prédio onde o primo dele vivia com a família, na cidade de Jabalia.
“Ele estava no norte da Faixa de Gaza, teve ataque bombardeio na noite passada perto da casa dele, o prédio dele foi destruído em cima dos cidadãos palestinos. A notícia que recebemos é de que mais de 60 pessoas moravam nesse prédio. Muito triste, um cara cidadão do bem, trabalhador, não tem nada a ver com isso”, lamentou.
Ontem, uma bomba caiu próximo à casa onde Hassan se abriga com a família à espera da abertura da fronteira com o Egito. Até o momento, não há previsão para abertura da fronteira para saída de palestinos ou estrangeiros, segundo informa o Itamaraty.
A família tem sido atendida com água, alimentos e suporte psicológico oferecido pelo escritório de Representação de Brasil em Ramala, capital da Cisjordânia, na Palestina. Ao todo, 30 brasileiros na Faixa de Gaza estão esperando para deixar a zona de guerra.
Por Lucas Pordeus León - Repórter da Agência Brasil - Brasília / Edição: Aline Leal - 20/10/2023 13:05:07. Última edição: 20/10/2023 13:05:07
Tags: Conflito No Oriente Médio Palestina Israel Hamas
Segundo o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários, 64 palestinos foram mortos na Cisjordânia entre os dias 7 e 18 de outubro. Desse total, 18 são crianças.
O grupo, formado por sete especialistas, também alertou para o risco de genocídio em Gaza.
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