Putin acusa grupo paramilitar Wagner de traição

Em pronunciamento a nação na manhã deste sábado (24), o presidente russo Vladimir Putin alertou contra ameaça mortal representada pelo líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, que se rebelou abertamente contra o comando russo.

Putin disse que não vai deixar uma guerra civil se instalar no país e pediu unidade do povo russo, acusando a milícia Wagner de traição. Um regime antiterrorista foi imposto em Moscou, onde Putin garantiu ter dado ordens ao exército para retomar o controle do país.

O chefe do grupo mercenário Wagner, que atua na Ucrânia, afirmou ter retornado a Rússia com suas tropas. Segundo Yevgeny Prigozhin, ele e seus 25 mil homens estão prontos para morrer em sua missão de libertar o povo russo. Ele acusa Moscou de atacar acampamentos de combatentes da milícia Wagner e afirma ter tomado o quartel general do exército em Rostov, no sul da Rússia.

O Ministério da Defesa Russo negou ter atacado o grupo Wagner e classificou as acusações como provocação. Do lado ucraniano, um assessor do presidente Volodymyr Zelensky julgou que esse é apenas o começo da divisão entre as elites na Rússia.

Durante à noite a Força Aérea Ucraniana bateu 41 mísseis de cruzeiro que visavam a capital Kiev e cidades como  Kharkiv e Dnipro. Dois drones também foram interceptados. Enquanto isso, a Dinamarca sedia um encontro organizado pela Ucrânia reunindo vários países, entre eles alguns que permaneceram neutro, após invasão russa para discutir o estabelecimento de uma paz duradoura.