Reféns do Hamas, mulheres e crianças começam a ser libertados

No 1º de quatro dias de trégua entre Israel e o Hamas, cerca de 50 reféns que estavam em poder do grupo palestino começaram a ser devolvidos a Israel. A informação foi confirmada pelas Forças de Defesa de Israel, que receberam os primeiros libertados e os encaminhou para hospitais, onde se encontram os familiares.

Essa libertação faz parte do acordo entre os dois lados do conflito. Para ter de volta os reféns do Hamas, Israel se comprometeu a libertar cerca de 40 prisioneiros palestinos. Também faz parte do acordo a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Israel divulgou na rede social que foram enviados quatro caminhões com combustível e outros quatro com gás de cozinha para Gaza.

Em nota, a Cruz Vermelha informou que vai atuar, durante vários dias, na transferência de reféns detidos em Gaza pelo Hamas, devolvendo as pessoas para Israel e os familiares. Também vai atuar na transferência dos detidos por Israel, os palestinos, para que sejam levados a autoridades da Cisjordânia e, depois aos familiares. A Cruz Vermelha informou, ainda, que não participou das negociações entre Hamas e Israel, porque atua como intermediário neutro.

No ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, 1400 pessoas foram mortas. Desde então, o número de mortos na Faixa de Gaza passa dos 14 mil, incluindo 6 mil crianças e 4 mil mulheres. As informações são do Gabinete Humanitário das Nações Unidas, na Palestina.

O diretor da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, saudou, nas redes sociais, “o início da pausa humanitária em Gaza e o movimento de ajuda humanitária, inclusive para a saúde”. Segundo ele, “é um passo na direção certa, mas é necessário muito mais” E ele faz um apelo pelo cessar-fogo, para o fim do sofrimento de civis.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Avichay Adraee, disse aos palestinos que mesmo com a trégua não devem deixar o Sul de Gaza para tentar voltar ao norte, apenas o sentido inverso. E alertou para seguirem as instruções de Israel, porque, informou, “a guerra não acabou”.