Passa de 9 mil vítimas do conflito entre Israel e Hamas
Ministério da Saúde de Gaza contabiliza 7,7 mil mortos enquanto que em Israel foram 1,4 mil no dia do ataque que deu início às hostilidades.
Não há relatos de pessoas feridas em decorrência dos bombardeios
O Escritório de Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia, disse neste sábado (28) que retomou o contato com os brasileiros que estão nas cidades de Rafah e Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza. O grupo, formado por 34 pessoas, das quais 24 brasileiros, sete palestinos em processo de imigração e três palestinos familiares, aguarda sinal verde do governo egípcio para ser resgatado e retornar ao Brasil.
© Fotos Mídias socias.
Na sexta-feira (27), por volta das 20h (14h horário de Brasília), a representação brasileira em Ramala perdeu o contato com os brasileiros devido à queda nos serviços de comunicação por celular e internet em Gaza. Segundo comunicação enviada pelo escritório, a comunicação foi restabelecida e não há relatos de pessoas feridas em decorrência dos bombardeios que acontecem na região.
“Restabelecemos o contato com nossos nacionais nas duas cidades, e continuaremos monitorando a situação", informou o embaixador Alessandro Candeas, responsável pelo escritório da representação do Brasil.
Em Rafah, o grupo é formado 18 pessoas, das quais nove são crianças. O embaixador informou que conseguiu falar rapidamente com o único canal que conseguiu manter e que todos continuam seguros. “Vão tentar comprar água e alimentos hoje”.
Em Khan Younes, estão nove crianças, cinco mulheres e dois homens. O contato foi feito in loco pelo motorista contratado pelo escritório, que verificou que apesar do clima permanente de tensão e medo todos estão bem, com alimento, água e gás para os próximos dias. A embaixada informou ainda que eles solicitaram a compra de mais mantimentos, e que vai disponibilizar os recursos.
Boletim publicado pelo Escritório para Assuntos Humanitários das Nações Unidas (Ocha) informa que as cidades foram as que registraram o maior número de mortes nos últimos dias.
Na sexta-feira, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, com 120 votos favoráveis, a proposta de resolução sobre o conflito no Oriente Médio apresentada pela Jordânia, e que foi assinada por 39 países com assento no colegiado.
A proposta pede uma “trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada, que conduza ao cessar das hostilidades”.
O documento pede ainda “a libertação imediata e incondicional de todos os civis que permanecem ilegalmente mantidos em cativeiro”.
Além da liberação de civis e trégua humanitária, o documento aprovado pela ONU exige que as partes cumpram com o direito internacional, que os civis da Faixa de Gaza tenham acesso aos bens e aos serviços essenciais, como água, alimentos e medicamentos, e que se anule a ordem de Israel para evacuação de todas as pessoas do norte do enclave palestino.
Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - São Luís / Edição: Fernando Fraga - 28/10/2023 14:45:23. Última edição: 28/10/2023 14:45:23
Tags: Conflito No Oriente Médio Faixa De Gaza Hamas Israel Palestina Brasileiros Resgate
Ministério da Saúde de Gaza contabiliza 7,7 mil mortos enquanto que em Israel foram 1,4 mil no dia do ataque que deu início às hostilidades.
Forças israelenses intensificaram os bombardeamentos e cortaram a internet e outras telecomunicações na Faixa de Gaza. Território já soma 7 mil mortos e cerca de 19 mil feridos.
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