Justiça

AGU pede pagamento de prejuízos pelo abandono do porta-aviões Nae

A embarcação ficou à deriva no litoral brasileiro por seis meses

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma ação junto À Justiça Federal de Pernambuco para que as empresas e os diretores responsáveis pelo antigo porta-aviões Nae São Paulo, que ficou à deriva no litoral brasileiro durante seis meses, paguem pelos prejuízos calculados em pelo menos 322 milhões de reais.  

No mês passado, a Marinha do Brasil teve que efetuar o afundamento controlado, depois que ele foi abandonado no oceano pelos proprietários.  

A AGU argumenta que os danos causados pelo abandono da embarcação, com 9,6 toneladas de amianto e outros materiais tóxicos, foram  ambientais, operacionais e morais. 

O processo destaca que a empresa turca, uma das acusadas na ação civil pùblica, assumiu o compromisso de dar destinação ambiental correta ao casco quando o adquiriu da Empresa Gerencial de Projetos Navais, estatal ligada à Marinha do Brasil, em dezembro de 2020.  No entanto, a compradora do porta-aviões foi proibida de entrar em território marítimo da Turquia e retornou com o antigo porta-aviões para o mar territorial brasileiro.  

 A embarcação ficou vagando no litoral de Pernambuco durante meses, para evitar um desastre ambiental de maiores proporções, até ser afundada.  

Além da empresa que adquiriu o casco da embarcação, foram incluídas no pedido de indenização as empresas estrangeiras responsáveis pelo transporte, exportação, além da seguradora da operação. 

Caso o pedido da AGU seja julgado procedente, a quantia deverá ser destinada ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos para custear medidas de recuperação do meio ambiente marinho. 

 

Agência Brasil / Por Madson Euler - repórter da Ràdio Nacional - Brasília / Edição: Ana Lúcia Caldas / Beatriz Albuquerque - 14/04/2023 13:00:04. Última edição: 14/04/2023 13:00:04

Tags: Porta-aviões São Paulo

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