CNJ abre processo contra desembargador do caso Tacla Duran

A Corregedoria Nacional de Justiça vai apurar se a decisão do desembargador sobre o advogado Rodrigo Tacla Duran desrespeitou determinação do Supremo Tribunal Federal. A instauração do procedimento foi ordenada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão.

O magistrado destacou que a decisão do desembargador pode, em tese, ter desrespeitado a ordem de instâncias superiores. Fato que, se comprovado, pode ter consequências disciplinares.

Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, tem cinco dias para prestar informações. O juiz da 13a Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio, também foi intimado.

Malucelli revogou uma decisão da primeira instância que havia suspendido a ordem de prisão preventiva de Tacla Duran, investigado pela Lava Jato. Na semana passada, foi revelado que o desembargador é pai do sócio do senador Sergio Moro no escritório de advocacia. Tacla Duran, em depoimento à Justiça, acusou o parlamentar de extorsão.

Em nota, o desembargador se defendeu e disse que não decretou qualquer prisão. Segundo Malucelli, ele apenas revogou a decisão da 13a Vara a pedido do Ministério Público Federal, porque considerou que ela contrariava a determinação do Supremo, que havia suspendido o processo.