O advogado empresarial Fernando Brandariz avalia que, a depender do plano de recuperação que será apresentado aos credores, a falência do Grupo Americanas pode ser evitada.
As dificuldades financeiras do Grupo Americanas, que resultaram num pedido de recuperação judicial, aceito pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, nessa quinta-feira, tem o objetivo de evitar que a empresa feche as portas.
Com a decisão favorável da justiça, todas as eventuais execuções judiciais e dívidas do Grupo Americanas, que inclui Lojas Americanas, Submarino, Shoptime e Hortifrutti, ficam paralisadas por 180 dias.
Vamos lembrar um pouco o caso. Na semana passada, as Americanas anunciaram a descoberta de inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões e dívida no montante de R$ 40 bilhões.
Agora, com a recuperação judicial aceita, o Grupo Americanas deverá apresentar em 60 dias uma proposta que inclua formas de pagamento aos credores e uma reorganização administrativa da empresa.
Para entender mais sobre esse processo, nós conversamos com o advogado empresarial Fernando Brandariz, presidente da Comissão de Direito Empresarial da OAB Pinheiros, São Paulo.
O especialista avalia que, a depender do plano de recuperação que será apresentado aos credores, a falência do Grupo Americanas pode ser evitada.
Fernando Brandariz explica ainda que, caso os credores não aprovem o plano de recuperação apresentado pelo Grupo Americanas, eles mesmos poderão apresentar uma proposta. O advogado fala também sobre um possível prazo para o desfecho dessa tramitação.
O Grupo Americanas tem até este sábado para apresentar à Justiça a lista completa dos 16 mil credores. A Comissão de Valores Mobiliários investiga o caso.
Agência Brasil / Por Daniella Longuinho - Repórter Rádio Nacional - Brasília / Edição: Alessandra Esteves - 20/01/2023 21:05:13. Última edição: 20/01/2023 21:05:13