Juiz acusado de assédio sexual será aposentado compulsoriamente
CNJ decidiu demitir o magistrado com base em três casos com apuração mais avançada. Em um desses episódios, o ataque contra uma advogada ocorreu dentro do gabinete do juiz, no TRT2.
Ela assume o lugar do juiz afastado Eduardo Appio
A juíza federal Gabriela Hardt assumiu hoje (23) a condução dos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) afastar o juiz Eduardo Appio.
No auge da Lava Jato, Gabriela atuou como substituta do ex-juiz Sérgio Moro na condução da investigação.
Na primeira decisão proferida ao retornar para a cadeira, a magistrada determinou a inclusão do Ministério Público Federal (MPF) na petição na qual Appio determinou a retomada da investigação sobre o suposto uso de escutas ilegais na cela onde o doleiro Alberto Youssef ficou preso no início das investigações da Lava Jato.
O afastamento de Appio foi determinado após uma representação feita pelo desembargador Marcelo Malucelli que, no mês passado, pediu para deixar a relatoria de processos oriundos da operação após a divulgação de que ele teria relações pessoais com a família do senador Sergio Moro (União-PR). Malucelli chegou a anular uma decisão proferida por Appio na Lava Jato.
O afastamento de Appio foi baseado na acusação de que ele teria entrado em contato com o filho do desembargador para confirmar o parentesco entre os dois. O advogado João Malucelli é sócio de Moro em um escritório de advocacia.
A assessoria de imprensa da Justiça Federal em Curitiba informou que Appio não vai se manifestar sobre a decisão que o afastou.
Por André Richter – Repórter da Agência Brasil - Brasília / Edição: Denise Griesinger - 23/05/2023 15:20:13. Última edição: 23/05/2023 15:20:13
Tags: TRF4 Gabriela Hardt Eduardo Appio Lava Jato Curitiba
CNJ decidiu demitir o magistrado com base em três casos com apuração mais avançada. Em um desses episódios, o ataque contra uma advogada ocorreu dentro do gabinete do juiz, no TRT2.
Relatora do processo diz que “não há evidência de que a implementação de videomonitoramento reforce eventual discriminação social e racial”.
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