Dez pessoas foram mortas. Os crimes, que ficaram conhecidos como a "Chacina do DF", foram motivados pela posse de uma chácara avaliada em R$ 2 milhões no Itapoã, cidade a 30 km de Brasília.
O Ministério Público do Distrito Federal denunciou, nesta quinta-feira (2), cinco pessoas pelo assassinato de 10 integrantes de uma mesma família.
Os crimes, que ficaram conhecidos como a "Chacina do DF", foram motivados pela posse de uma chácara avaliada em R$ 2 milhões no Itapoã, cidade a 30 km de Brasília.
As mortes aconteceram entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano.
Caso a denúncia seja aceita pela Justiça, uma ação penal é aberta e, aí, Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, Carlomam dos Santos Nogueira, Fabrício Silva Canhedo e Carlos Henrique Alves da Silva viram réus e passam a responder por mais de 100 crimes, como homicídio, sequestro, extorsão, roubo, ocultação e destruição de cadáveres e até crime contra a administração pública.
Aí, os advogados dos réus vão receber cópias da ação, indicarão provavelmente testemunhas e a Justiça deve também indicar novas diligências; ou seja, outras buscas, outras investigações para o levantamento de provas.
Segundo o Ministério Público do DF, em caso de condenação, as penas podem variar de 211 a 385 anos de prisão. Para o promotor Nathan da Silva Neto, o caso é de uma violência sem precedente no Distrito Federal.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público conta com 21 testemunhas. Todos os cinco envolvidos estão presos. Além deles, um menor também foi apreendido por envolvimento nos crimes, mas a denúncia contra ele corre na Vara da Infância do Distrito Federal.
Em dezembro do ano passado, os criminosos sequestraram e levaram para um cativeiro em Planaltina Marcos Antônio de Oliveira, que seria o responsável pela chácara no Itapoã, a esposa dele, Renata Belchior, e a filha do casal, Gabriela Belchior. No local, Marcos foi executado.
Depois, os criminosos atraíram para o cativeiro a ex-esposa de Marcos, Cláudia da Rocha Marques, a filha Ana Beatriz Marques, além do filho Thiago Belchoir, a esposa dele, Elizamar da Silva e os três filhos do casal.
Em meados de janeiro, estavam todos mortos. As vítimas foram estranguladas, incineradas e corpos foram encontrados numa cisterna perto do cativeiro.
A Polícia Civil do DF concluiu que a intenção dos criminosos era eliminar toda a família e extinguir a linha sucessória, para então tomar posse e vender o terreno.
Agência Brasil / Por Oussama El Ghaouri, da Rádio Nacional - Brasília / Edição: Sheily Noleto (Rádio Nacional) e Luiz Claudio Ferreira (web) - 02/02/2023 20:20:08. Última edição: 02/02/2023 20:20:08