Nunes Marques libera para julgamento primeiras ações do 8 de janeiro
Após liberação cabe à presidente do Supremo, ministra Rosa Weber, marcar a data de julgamento pelo plenário. Penas pode chegar a 30 anos de prisão.
Novo depoimento ocorre no âmbito da apuração de ações do hacker
O ex-ajudante de ordens do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, presta um novo depoimento à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (28). Cid chegou ao edifício-sede da corporação, na área centra de Brasília (DF), perto das 10 horas.
© Antônio Cruz/ Agência Brasil
Alvo de diferentes investigações, o tenente-coronel está preso desde o início de maio, acusado de fraudar cartões de vacinação contra a covid-19 e inserir informações falsas nos sistemas do Ministério da Saúde, beneficiando seus parentes e o ex-presidente.
O novo depoimento ocorre no âmbito da apuração de ações do chamado Hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti, condenado a 20 anos de prisão por invadir o telefone celular do ex-juiz federal e hoje senador Sergio Moro (União Brasil – PR) e divulgar parte das mensagens que Moro trocou com autoridades, como o ex-coordenador da força-tarefa Lava Jato e atual deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR).
O hacker também é acusado de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir, no Banco Nacional de Mandados de Prisão, falsos alvará de soltura e uma ordem de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Ao depor à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), do Congresso Nacional, no último dia 17, Delgatti afirmou que invadiu o sistema do CNJ para desmoralizar o Poder Judiciário. O hacker disse ter agido a mando da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), de quem ele afirma ter recebido R$ 40 mil. Zambelli nega as acusações.
Delgatti também assegura que se reuniu com o ex-presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, para discutir a possibilidade de invadir as urnas eletrônicas, com o propósito de fraudar o código-fonte. Segundo o hacker, Mauro Cid teria presenciado sua conversa com o ex-presidente.
O ex-ajudante de ordens começou a depor à PF sobre as afirmações de Delgatti na última sexta-feira, mas a oitiva foi interrompida.
Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília / Edição: Maria Claudia - 28/08/2023 11:55:43. Última edição: 28/08/2023 11:55:43
Tags: PF Mauro Cid Walter Delgatti
Após liberação cabe à presidente do Supremo, ministra Rosa Weber, marcar a data de julgamento pelo plenário. Penas pode chegar a 30 anos de prisão.
A ação da PGR é direcionada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga, no supremo, os atos antidemocráticos, em oito de janeiro deste ano. Segundo o pedido, havia uma lei na capital gaúcha, que designava em 8 de janeiro o Dia em Defesa da Democracia.
Segundo a Polícia Federal, mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, e as investigações sobre ataque ao perfil de Janja estão em andamento.
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