Meio Ambiente

Marinha determina afastamento de navio que estava atracado em PE

A embarcação, que poderia causar severos riscos ambientais, foi proibida de se aproximar dos portos brasileiros e deve permanecer sobre águas mais profundas

A Marinha do Brasil determinou o afastamento do porta-aviões que estava na costa pernambucana e que poderia causar severos riscos ambientais. A embarcação foi proibida de se aproximar dos portos brasileiros e deve permanecer sobre águas mais profundas. Uma fragata e um navio de apoio oceânico farão o acompanhamento do reboque.

A Autoridade Marítima Brasileira informou que a empresa turca, proprietária do navio aeródromo São Paulo, "não adotou as providências necessárias para a manutenção do casco em segurança na área marítima indicada”, cerca de 46 km da costa brasileira.

A Marinha também realizou a inspeção no casco e constatou uma "severa degradação das condições de flutuabilidade e estabilidade". Além disso, o casco não possui seguro, nem contrato para atracação e reparo, e o pagamento feito à contratada para realizar o reboque foi interrompido há cerca de dois meses.

O casco do porta-aviões havia sido arrematado pelo estaleiro turco em licitação concluída em 2021. A empresa iria reciclar o casco na Turquia.

Acontece que, enquanto pertenceu à Marinha Nacional Francesa, na década de 1990, foram retiradas do porta-aviões 55 toneladas de amianto, substância tóxica e cancerígena. Por causa de eventuais resíduos, em agosto do ano passado, a autoridade ambiental turca decidiu cancelar a autorização para receber o navio.

No regresso para o Brasil, a Marinha identificou as avarias na embarcação e determinou a manutenção da cobertura de seguro e a apresentação de um contrato para atracação e reparo, o que ainda não foi feito.

Agência Brasil / Por Gabriel Corrêa - Repórter da Rádio Nacional - São Luís / Edição: Sâmia Mendes/Edgard Matsuki - 20/01/2023 12:40:07. Última edição: 20/01/2023 12:40:07

Tags: Navio São Paulo Pernambuco

Leia também:

Marina Silva promete ampliar área de proteção ambiental na Amazônia

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima afirmou, no Fórum Econômico Mundial, que vai destinar 57 milhões de hectares da floresta amazônica para proteção ambiental. Uma área equivalente ao tamanho da Bahia.

Em 2022 o desmatamento da Amazônia foi o maior em 15 anos

O desmatamento na Amazônia bateu um novo recorde no ano passado e foi o maior em 15 anos. Em 2022, a floresta perdeu 10.573 quilômetros quadrados de cobertura vegetal. É o equivalente a 3 mil campos de futebol.

COP 28: países acordam transição para redução de combustíveis fósseis

COP 28: países acordam transição para redução de combustíveis fósseis

O texto sugere que os países se afastem dos combustíveis fósseis de forma justa, ordenada e equitativa, acelerando as medidas nesta década.

Audiência na Câmara dos Deputados discute colapso do solo em Maceió

Audiência na Câmara dos Deputados discute colapso do solo em Maceió

Agência Nacional de Mineração disse que fiscalização deveria ter sido maior nas minas de sal-gema da Braskem, em Alagoas.

Este site usa cookies para fornecer serviços e analisar o tráfego. Saiba mais. Ok, entendi