Meio Ambiente

União pede suspensão de reintegração de posse em áreas do Rio

O local fica próximo ao Jardim Botânico e já é ocupado há 2 séculos

A União pediu ao Tribunal de Contas para suspender as reintegrações de posse das áreas ocupadas há mais de dois séculos nas imediações do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.

O pedido atende à solicitação feita pelo Ministério do Meio Ambiente e o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Atualmente, 621 famílias vivem na região, muitas delas com vínculos com o Instituto ou descendentes de antigos funcionários.

De acordo com a secretária municipal do Meio Ambiente, Tainá de Paula, a Polícia Federal esteve no local nesta quarta-feira para cumprir mandado de reintegração de posse. A ação, no entanto, segundo a secretária, foi suspensa pela Justiça Federal que atendeu pedido em uma ação individual.  

No pedido de suspensão das reintegrações feito à Corte, a União defende a adoção de uma solução conciliatória, que contemple todos os envolvidos. O Governo Federal criou um grupo de trabalho que vai realizar estudos técnicos e pretende formular pedido de solução consensual no processo que tramita no TCU.

A região tem um longo histórico de briga por posse e domínio imobiliário e há pelo menos quatro décadas os moradores vem sofrendo ameaças com ações para reintegração da área ao Jardim Botânico.

A ocupação do local remonta a 1811 quando as primeiras vilas foram criadas para moradia de funcionários de uma Fábrica de Pólvoras construída por Dom João VI, após desapropriação de um Engenho, que por sua vez acabou gerando resistência na desocupação dos terrenos por moradores e lavradores da propriedade rural.

Anos depois foram instaladas casas para funcionários do então chamado Parque Jardim da Aclimatação, atualmente Jardim Botânico, também fundado pelo monarca.

Em nota, a Polícia Federal informou que apenas atua em apoio ao cumprimento de ordens judiciais, em relação a ações de reintegração de posse.

Agência Brasil / Por Fabiana Sampaio - repórter da Rádio Nacional - Brasília / Edição: Tâmata Freire / Beatriz Albuquerque - 31/05/2023 19:25:18. Última edição: 31/05/2023 19:25:18

Tags: Jardim Botânico Rio

Leia também:

Comissão debate exploração de petróleo na bacia da foz do rio Amazonas

A Petrobras diz que preparou o maior plano de resposta a emergências. Já o Ibama diz que não é possível ter certeza de que, em caso de vazamento, o óleo não chegue à costa.

Serviço Geológico do Brasil monitora situação dos rios da Amazônia

O órgão, vinculado ao Ministério de Minas e Energia, monitora a altura dos rios Negro, Solimões e Amazonas no período das cheias. Nessa área da região amazônica vivem mais de 2,3 milhões de pessoas.

COP 28: países acordam transição para redução de combustíveis fósseis

COP 28: países acordam transição para redução de combustíveis fósseis

O texto sugere que os países se afastem dos combustíveis fósseis de forma justa, ordenada e equitativa, acelerando as medidas nesta década.

Audiência na Câmara dos Deputados discute colapso do solo em Maceió

Audiência na Câmara dos Deputados discute colapso do solo em Maceió

Agência Nacional de Mineração disse que fiscalização deveria ter sido maior nas minas de sal-gema da Braskem, em Alagoas.

Este site usa cookies para fornecer serviços e analisar o tráfego. Saiba mais. Ok, entendi