CPI do 8 de janeiro: perito que desarmou bomba em Brasília é ouvido

Os depoimentos desta quinta-feira (22) na CPI Mista do 8 de janeiro foram dedicados a quatro pessoas ligadas à bomba que foi encontrada num caminhão de combustível perto do aeroporto de Brasília na véspera do Natal.

O caminhão, com capacidade para 60 mil litros, estava carregado com querosene de aviação. O perito que desarmou o artefato, Renato Carrijo, disse que o material usado era uma combinação normalmente utilizada na indústria e que não pode ser comprado por qualquer pessoa, usando um simples CPF.

O perito que fez o laudo, Valdir Pires Filho, falou sobre os poderes da bomba e explicou que, se ela tivesse explodido, num cenário grave, levando em consideração que o reservatório do caminhão se rompesse e houvesse um incêndio, os estragos poderiam chegar a centenas de metros.

O delegado responsável pela investigação, Leonardo de Castro, contou como foram os dias antes e depois do episódio. Explicou, por exemplo, que George Washington, autor da tentativa de atentado e um dos ouvidos pela CPI nesta quinta-feira, foi encontrado horas depois, num apartamento no Sudoeste, bairro de Brasília. E que, na casa dele, foram achadas mais armas e material explosivo.

Outros envolvidos no caso: Allan Diego dos Santos, que teve as digitais encontradas no veículo usado para levar a bomba, foi condenado a cinco anos. Wellington de Souza, que era o dono do carro, está foragido. Aliás, ele usava tornozeleira eletrônica na época por ter se envolvido na depredação da sede da Polícia Federal em Brasília semanas antes, no dia 12 de dezembro. Ele retirou o equipamento de forma ilegal.