Caso contrário, o pedido de compartilhamento desses vídeos será feito diretamente ao Supremo Tribunal Federal.
Depois de ter tido negado o acesso às imagens do Ministério da Justiça no 8 de janeiro, a CPI Mista dos atos golpistas decidiu: estabeleceu prazo de 48 horas para o ministro Flávio Dino reconsiderar a decisão, caso contrário, o pedido de compartilhamento desses vídeos será feito diretamente ao Supremo Tribunal Federal.
A medida foi tomada pelo presidente da CPI, deputado Arthur Maia, na primeira reunião da Comissão após o recesso. É que o ministro, por ofício, negou o compartilhamento das imagens das câmeras de segurança no dia dos ataques. O argumento foi o de que alguns inquéritos estão sob sigilo e que a divulgação poderia trazer prejuízo às investigações.
Arthur Maia ponderou que é compreensível o sigilo de determinadas provas, mas tem uma opinião diferente.
Inicialmente, Maia tinha decidido acionar diretamente o Supremo, por meio da Advocacia do Senado. Ao que senadores da base aliada ponderaram que o diálogo deveria ocorrer diretamente com Dino. Ou seja, um pedido de reconsideração deveria ser feito. A deputada Jandira Feghali, por exemplo, afirmou que o ministro apenas se precaveu ao negar o compartilhamento das imagens por conta do sigilo e argumentou não ver sentido nesse pedido.
Já senadores de oposição, como Sérgio Moro, reclamaram da falta de informações.
A relatora, senadora Eliziane Gama, disse que, em conversa com Dino, o ministro demonstrou ter “boa vontade” em fornecer as imagens, mas que uma das preocupações é que, além da questão do sigilo, a CPI mista tem, entre seus integrantes, pessoas investigadas por participação nos atos golpistas.
Logo depois da decisão da CPI, o ministro Flávio Dino publicou: "tentaram fraudar a eleição para ficar no poder e perderam. Tentaram dar um golpe de estado e perderam novamente. Tentaram explodir o aeroporto de Brasília e não conseguiram. Essas são verdades comprovadas." E acrescentou: "não adianta ficar inventando fatos para encobrir tais verdades".
Agência Brasil / Por Priscilla Mazenotti - Repórter da Rádio Nacional - Brasília / Edição: Rádio Nacional/ Renata Batista - 01/08/2023 16:52:05. Última edição: 01/08/2023 16:52:05