Após depoimento à CPMI, defesa vai pedir proteção a Delgatti
Delgatti acusou o ex-presidente Bolsonaro de oferecer indulto presidencial em troca da invasão da urna eletrônica e se responsabilizar por um grampo para monitorar Alexandre de Moraes.
Montagem cabe aos órgãos do sistema de segurança e de justiça, afirmou
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta quinta-feira (17) que o depoimento do hacker Walter Delgatti Netto à comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro trouxe “várias peças de um quebra-cabeça”.
© Marcelo Camargo/ Agência Brasil
“São peças de um quebra-cabeça que estão se apresentando. Eu diria que, tecnicamente, hoje várias peças foram apresentadas a esse quebra-cabeça e essa montagem cabe aos órgãos do sistema de segurança e de justiça, e não a uma ação política”.
Delgatti afirmou hoje que o ex-presidente Jair Bolsonaro ofereceu a ele indulto em troca da invasão da urna eletrônica e de assumir a responsabilidade por um suposto grampo instalado para monitorar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Segundo Dino, o depoimento de Delgatti traz elementos e afirmações que serão confrontados pelas autoridades competentes com outros indícios.
“Desde os terríveis eventos que se iniciam na operação da PRF no dia do segundo turno e que vêm até o 8 de janeiro, há progressivamente uma produção de provas e indícios mostrando que houve práticas ilegais. Agora, até onde isso vai não é algo que pode ser antecipado neste momento”, disse o ministro.
Dino participou nesta quinta-feira da primeira reunião dos integrantes do Conselho de Governança da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla).
Por Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília / Edição: Lílian Beraldo - 17/08/2023 17:20:10. Última edição: 17/08/2023 17:20:10
Tags: Walter Delgatti Netto CPMI Flávio Dino
Delgatti acusou o ex-presidente Bolsonaro de oferecer indulto presidencial em troca da invasão da urna eletrônica e se responsabilizar por um grampo para monitorar Alexandre de Moraes.
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