A CPI Mista do 8 de janeiro ouviu Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, na condição de testemunha. Ele é investigado por ter comandado uma série de barreiras feitas pela PRF no segundo turno. Aos parlamentares, ele disse que essas acusações são fantasiosas.
O primeiro depoimento na CPI Mista do 8 de janeiro foi o do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques. E ele já começou negando qualquer plano para impedir eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva no nordeste de votarem no segundo turno das eleições no ano passado.
A CPI mista ouviu o ex-diretor da PRF na condição de testemunha. Ele é investigado por ter comandado uma série de barreiras feitas pela PRF no segundo turno. Os bloqueios tinham como objetivo impedir eleitores do nordeste de votar. Aos parlamentares, ele disse que essas acusações são fantasiosas.
Sobre a postagem que fez no segundo turno em favor do então candidato e ex-presidente Jair Bolsonaro, Silvinei enfatizou que a publicação foi feita na rede social dele em momento de folga e usando a internet própria. Afirmou ainda que apagou o post apenas depois da repercussão, mas que “é normal na PRF os policiais terem candidatos”.
O depoimento foi marcado por bate-boca e diversas interrupções por parte da oposição. A relatora, senadora Eliziane Gama, questionou Silvinei a respeito de um processo a que ele responde por agressão a um frentista em Goiás. E foi interrompida, mais de uma vez, pelo deputado Éder Mauro. Neste momento, a discussão saiu do controle e a reunião foi suspensa.
Cinco minutos depois e após uma reprimenda do presidente da CPI mista, deputado Arthur Maia, a reunião foi retomada. Silvinei Vasques afirmou que não responde a nenhum processo, que nunca foi notificado acerca de nenhum processo administrativo contra ele. Disse que não conhecia o Anderson Torres, que era ministro da Justiça na época das eleições, que foi indicado por Torres para o cargo após passar por uma seleção e por indicação, por conta de seu currículo. E ainda afirmou que tinha autonomia para trabalhar à frente da PRF.
Agência Brasil / Por Priscilla Mazenotti - Repórter da Rádio Nacional - Brasília / Edição: Paula Castro / Alessandra Esteves - 20/06/2023 17:00:28. Última edição: 20/06/2023 17:00:28