Política

Lula defende salto de qualidade na educação, cultura e saúde

Presidente fez hoje primeira reunião com 37 ministrros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta sexta-feira (6), durante sua primeira reunião com os 37 ministros de seu governo, a necessidade de dar um salto de qualidade na educação, na cultura e na saúde do país. “Esse será o mandato da minha vida, todo mundo sabe que eu tenho obsessão para acabar com a fome e melhorar a saúde do povo. Porque eu conheço muita gente que morreu com receita no criado-mudo do lado da cama e não tinha R$ 50 para comprar um remédio”, afirmou o presidente no Palácio do Planalto.

Lula defende salto de qualidade na educação, cultura e saúde
© José Cruz/ Agência Brasil

Ainda na área da saúde, Lula citou vários problemas identificados pela equipe de transição e disse que quer mudar a realidade em regiões que hoje não são cobertas por várias especialidades médicas e nas Unidades de Pronto Atendimento. “Chegamos a avançar com o Farmácia Popular, o Mais Médicos, que simplesmente foi destruído. Muitas pessoas morrem sem serem atendidas pelo tal do especialista por não ter vaga. Se nós não resolvermos esse problema, nós não estamos fazendo jus às expectativas que o povo depositou em nós”, disse.

Educação

Na área de Educação, Lula adiantou que terá uma reunião com chefe da pasta, Camilo Santana, para tratar da situação das 4 mil obras paralisadas. “Na semana que vem, eu já quero ter uma reunião com você para discutir o que a gente vai visitar de reforma em escola, porque nós temos 4 mil obras na área da educação paralisadas. Eu não sei se é creche, universidade, instituto federal, mas o que tiver a gente vai ter que colocar a mão na massa”, disse Lula.

O presidente destacou a escola do ex-governador do Ceará para o comando da pasta. “Dentre todos os estados, o Ceará, ao longo de muitos anos, vem tendo a mais importante história de educação fundamental e de ensino básico”, lembrou. Para Lula, é preciso ter consciência de que se a criança não for formada no ensino fundamental e básico ele terá mais dificuldade de se tornar um profissional bem formado. “O Brasil não pode passar mais um século exportando minério de ferro, soja e milho. Temos que exportar conhecimento e inteligência”, disse.

Cultura

À nova ministra da Cultura, Margareth Menezes, que comanda uma das pastas recriadas nesse novo mandato de Lula, o presidente disse que pretende fazer uma revolução cultural no país. “O povo precisa de cultura, porque parte da violência existe pela ausência do Estado no cumprimento das obrigações. Tá faltando saúde, educação, lazer, esporte, quase tudo”, observou.

O petista acrescentou que a pasta Cultura abarca o desenvolvimento dos jovens, da população em situação de vulnerabilidade. “Que jovem nós estamos criando? O Estado, ao invés de culpar o povo pobre da periferia, tem que ocupar a ausência do Estado e estar presente onde o povo precisa de nós”, cobrou.

Ao falar de sua disposição para os próximos quatro anos o presidente brincou: “esse compromisso não arredo o pé. Vocês vão ver o senhor de 77 anos com energia e que não vai ter um minuto de cansaço enquanto a gente não conseguir resolver problema da sociedade”.

Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil - Brasília / Edição: Valéria Aguiar - 06/01/2023 13:10:09. Última edição: 06/01/2023 13:10:09

Tags: Lula Reunião Ministérial Saúde Educação Cultura

Leia também:

Brasil volta a integrar a Celac; entenda o que é o bloco regional

Brasil volta a integrar a Celac; entenda o que é o bloco regional

Itamaraty diz que retorno brasileiro à Celac será “de forma imediata a todas as instâncias do mecanismo [de concertação regional], tanto as de caráter político como as de natureza técnica”.

Lula diz que terá a mais importante relação com o Congresso Nacional

Presidente deseja que parlamentares sejam bem atendidos nos ministérios. "Nós dependemos do Congresso, e por isso, cada ministro tem que ter a paciência e a grandeza de atender bem", disse.

Comissão do Senado aprova Dino para o STF e Gonet para a PGR

Comissão do Senado aprova Dino para o STF e Gonet para a PGR

Para serem aprovados em definitivo, ambos precisam obter ao menos 41 votos entre os 81 senadores. Sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado durou mais de 10 horas.

Flávio Dino opina sobre mandato no STF e regulação de redes sociais

Flávio Dino opina sobre mandato no STF e regulação de redes sociais

Projeto de lei de autoria do ex-juiz apresentado em 2009 defende permanência de 11 anos dos ministros da Suprema Corte.

Este site usa cookies para fornecer serviços e analisar o tráfego. Saiba mais. Ok, entendi